A paralisação realizada na manhã de segunda-feira, 10, em Brasilândia (MS) e nos demais municípios sul-mato-grossenses teve o objetivo de conscientizar servidores e munícipes do momento que vivem as prefeituras do Estado devido à diminuição dos repasses dos governos Federal e Estadual, principalmente de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
No horário habitual do início do expediente, os servidores públicos municipais fecharam as portas dos respectivos setores e fizeram o trabalho de orientação das pessoas com a entrega de material informativo sobre a mobilização municipalista. Em seguida, os servidores caminharam até a Praça Santa Maria, onde o prefeito Jorge Diogo explicou um pouco mais os motivos da paralisação e pediu a colaboração de todos para enfrentar o momento difícil. Para ele, este “é um momento de reflexão e conscientização”.
A paralisação foi organizada pela Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) e proposta pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
EXPLICAÇÃO – De acordo com campanha informativa elaborada pela Assomasul e distribuída aos municípios, os recursos repassados pelo Governo Federal não são suficientes para manter as ações básicas nos municípios. De acordo com a associação, o Governo Federal repassa para a merenda escolar apenas R$ 0,30 por dia por aluno. Também são investidos apenas 5% pelo Governo Federal na saúde dos municípios. No mês, são apenas R$ 12 por criança para o transporte escolar. Além disso, existem R$ 35 bilhões em recursos atrasados para a conclusão de obras e serviços.