A inflação de julho, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), atingiu 0,62% e ficou 0,17% abaixo de junho (0,79%), mas é a percentagem mais alta verificada nos meses de julho desde 2004 (0,91%) e com isso, o IPCA acumulado no ano chega a 6,83%, e 9,56% nos últimos 12 meses.
Esse foi o índice mais alto acumulado em 12 meses, desde novembro de 2003 (11.02%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em julho de 2014, o IPCA havia sido de 0,01%. Mais uma vez, de acordo com a pesquisa, a energia elétrica foi o que mais impactou a inflação de julho, principalmente nas regiões metropolitanas como São Paulo, onde houve reajuste de 15,64% nas contas.
Mas o item alimentação e bebidas que compõem a pesquisa de preços pelo IPCA, também causou forte influência na taxa inflacionária do mês passado.
Os produtos que mais tiveram reajustes, são o feijão mulatinho, 8,88% (35,57% acumulado no ano); feijão carioca, 2,03% ( 22,6 % no ano); cebola,2,85% (155,19% no ano); leite longa vida, 3,09% (9,95% no ano); pão francês, 0,8% (7,82% no ano); batata inglesa, 0,36% (24,6% no ano); cafezinho, 2,22% (10,52% no ano); queijo, 1,3% (6,7% no ano); ovos, 1,38% (15,52% no ano) e o macarrão que subiu em julho, 1,13% (3,94% no ano).
Há também variações negativas nos preços em alguns produtos, mas acumulados no ano, ainda estão muitos altos, casos do tomate que no mês passado, caiu 10,77%, mas tem alta de 41,24% no ano, o preço da cenoura também reduziu 3,37% em julho, porém acumula alta de 27,86% no ano e as hortaliças, que tiveram os preços 3,05% a menos que junho, e alta de 10,6% no ano.
Os preços pesquisados pelo IPCA para medir a inflação de julho, foram coletados de 30 de junho a 29 de julho. Nos demais itens verificados na pesquisa, a saúde e cuidados pessoais, tiveram reajuste de 0,84%, artigos de higiene pessoal, 0,92%, serviços laboratoriais e hospitalares, 0,62%, serviços médicos e dentários, 0,48%, serviços bancários, 2,25% e tevê, som e informática, 1,0%.