O número de consumidores com contas atrasadas e registrados nos cadastros de inadimplência voltou a subir. Após apresentar o pior resultado semestral dos últimos três anos, os dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), mostram um aumento de 4,47% em julho em relação com o mesmo mês do ano passado. Já o número de dívidas em atraso teve uma variação positiva de 4,99%, também na comparação anual.
Os dados apurados também voltaram a piorar em julho nas variações mensais, ou seja, em relação ao mês anterior. Após registrar uma queda no número de dívidas em junho, o indicador avançou 0,07%. Já o número de devedores em atraso, que havia registrado estabilidade em junho, aumentou para 0,38% em julho.
De acordo com o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, os dados anuais mostram que o crescimento dos números de inadimplência tem acelerado desde o início de 2014. “Agora a situação é bem mais complicada, devido à confluência de fatores negativos e uma perspectiva pior para a situação econômica”, explica o presidente. “Neste momento, o varejo precisa vender mais e contar com o poder de compra do consumidor sem dívidas, apto a consumir.”
O SPC Brasil e a CNDL estimam que, em julho de 2015, 57 milhões de consumidores estejam listados em cadastros de devedores inadimplentes por conta de pendências com atraso de pagamento. “Esta estimativa inclui não somente os atrasos em empréstimos bancários, mas também contas de serviços e pagamentos ao comércio”, diz Pinheiro. Desta forma, praticamente quatro em cada 10 brasileiros adultos têm o nome sujo.