A energia fotovoltaica no Brasil é um assunto que já vem sendo abordado há muitos anos. No entanto, na região começou há pouco tempo, após notícias circularem sobre a instalação das quatro usinas fotovoltaicas em Dracena e aguçarem a curiosidade sobre o assunto.
Devido o problema de escassez de energia elétrica e escassez hídrica que o País enfrenta nos últimos meses, tem se tornado viável a utilização de energia fotovoltaica para soluções residenciais, comerciais e industriais voltada à energia solar.
“Hoje se for falar economicamente, teríamos que já ter na nossa região e no Brasil inteiro, em todos os telhados, as placas fotovoltaicas. Gerando sua própria energia você está economizando a água do reservatório da usina hidrelétrica”, explicou o representante da SolarGrid (especializada em energia solar) na região, Arthur Bonini.
Arthur frisou que atualmente o País ainda carece de incentivos federais para que o sistema tenha linha de crédito e fique mais acessível à população. “Porém, hoje já é mais viável ter esse tipo de sistema na sua casa do que deixar seu dinheiro aplicado em renda fixa no banco, por exemplo”, avaliou.
Devido à alta procura nos últimos meses para as placas fotovoltaicas, Arthur salientou que a indústria brasileira não consegue atender a demanda, por isso, está sendo necessário que a empresa compre placas da China para suprir a demanda do País. “Agora estamos naquele ponto de inversão, onde o sistema vai ficar atrativo para o consumidor residencial pelo atual preço da tarifa”.
A economia de energia elétrica depende do sistema instalado pelo morador. Trata-se de um sistema modular.
Arthur explicou que, com o sistema SolarGrid a conta de luz passa a ter apenas o valor mínimo cobrado pela concessionária. Com essa economia é possível pagar o investimento no sistema em aproximadamente sete anos e depois desfrutar da sua independência energética.
Entre outros benefícios financeiros do sistema de energia solar está no retorno médio entre 15% e 20% ao ano. Isso é bem mais do que a poupança e superior ao CDI; diversas cidades brasileiras oferecem incentivos fiscais como descontos no ITBI, ISS e até 20% de desconto no IPTU; estudos realizados nos EUA mostram que os imóveis com sistema de energia solar valorizam em média 8%.
INVESTIMENTO – Arthur explicou que hoje em Dracena, para uma residência comum, com uma conta de energia elétrica entre R$ 300 e R$ 400, o investimento para a instalação das placas deverá chegar a R$ 25 mil para que a residência seja autossuficiente em energia elétrica.
“Isso já está ficando acessível. Há cerca de cinco anos o valor era de R$ 120 mil. Então agora com o desenvolvimento das tecnologias, com a maior quantidade de fábricas de células fotovoltaicas, o preço vem caindo e essa é uma tendência muito grande, porque o mundo inteiro está usando fotovoltaica”.
COMO FUNCIONA – Durante o dia os painéis fotovoltaicos convertem a energia do sol em eletricidade. A produção de energia só depende da área disponível no telhado e do nível de radiação de cada cidade.
O inversor converte a energia solar para o formato que a pessoa pode utilizar nas suas tomadas sem a necessidade de obras ou de alteração das instalações elétricas da casa.
Caso o morador não consuma toda a energia solar produzida, o excedente é injetado na rede e a pessoa é remunerada com créditos para consumir energia da concessionária.