Mais uma vez um córrego no bairro das Antas, localizado em área de proteção permanente (APP), em Dracena, é atingido pela poluição de óleo de motor de carros ou óleo queimado, como é conhecido.
A denúncia foi apresentada ontem, 20, à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, por um morador de um sítio, onde nasce o córrego que ficou com a cor preta e rançosa por causa do óleo lançado ilegalmente.
O secretário municipal do Meio Ambiente, Antenor de Oliveira Filho e o diretor de Meio Ambiente da Secretaria, engenheiro Michel Carlos Rodrigues Crepaldi, acompanharam ontem à tarde, a reportagem ao local.
“Trata-se de reincidência, é a terceira vez que isso ocorre. Aqui é uma área de APP, por causa de uma nascente que existe logo acima dos tubos de galerias pluviais onde o óleo queimado foi jogado”, explicam o secretário e o engenheiro ambiental.
Eles informam também que é um caso reincidente que ocorre pela terceira vez. “ A água dessa nascente desce para o córrego das Antas, que por sua vez, deságua no rio Paraná”, informa Oliveira.
O descarte do óleo queimado, segundo o secretário e do engenheiro, está sendo feita de forma clandestina, provavelmente por alguma empresa que o está lançando em um dos ramais de captação de água pluvial (drenagem urbana).
Oliveira informa, ainda, que a Empresa de Desenvolvimento de Água, Esgoto e Pavimentação (Emdaep), já fez o rastreamento dos ramais de drenagens, com a participação da Secretaria do Meio Ambiente, mas não foi localizado de onde o óleo é jogado para a galeria.
Como o óleo deixa a água turva e pesada, a mesma está represada e apesar de não estar descendo para o córrego das Antas, o risco existiria caso o tempo estivesse chuvoso e comprometeria todo o trecho.
MAU CHEIRO – O morador do sítio Santa Flora, Luiz Carlos Fernandes, que fez a denúncia à Secretaria, informa que a poluição causa um transtorno para sua família e as que residem nas propriedades vizinhas. “À tarde o mau cheiro é muito forte, além dos danos na água”, informa.
O secretário ressalta que a denúncia também está sendo acompanhada pelo Ministério Público do Meio Ambiente de Dracena. Ontem à tarde, a reportagem procurou o promotor ambiental, Rufino Eduardo Galindo Campos, para saber dos procedimentos a serem tomados, mas ele não se encontrava no Fórum.