Diante da ameaça de Juan Carlos Osorio de abandonar o clube no meio da temporada, o São Paulo conseguiu impedir a saída do treinador. Uma reunião na segunda-feira, 24, selou a permanência do comandante no clube.
Mais do que três derrotas seguidas, o colombiano estava irritado com a diretoria, que já vendeu oito jogadores desde a sua chegada ao Morumbi, e disposto a aceitar a proposta para assumir a seleção mexicana.
O São Paulo tem um jogo decisivo hoje, 26, contra o Ceará, em Fortaleza, pela Copa do Brasil. Após derrota por 2 a 1 no Morumbi, o time paulista precisa vencer por pelo menos dois gols diferença para garantir vaga nas quartas de final. No Campeonato Brasileiro, a equipe está 12 pontos distante do líder Corinthians (43 a 31).
O vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro tem mantido conversas constantes com Osorio e afirmou que entende a “indisposição” do treinador.
A defesa do dirigente é que a saída de oito jogadores em tão pouco tempo não estava nos planos da diretoria quando o colombiano foi contratado. A ideia, inclusive, era reforçar o elenco. A lista de baixas, no entanto, pode aumentar até a próxima terça-feira, 1°, quando a janela de transferência para a Europa será encerrada, já que o lateral Auro negocia sua ida para Portugal.
O presidente Carlos Miguel Aidar garante a Osorio que, apesar dos últimos maus resultados, não está nos seus planos trocar de treinador e que o colombiano só sairia do Morumbi se pedisse. Já os jogadores pregaram união e saíram em defesa do Osorio. Na segunda-feira, Rodrigo Caio foi o porta-voz do elenco. “Não queremos que ele saia. Ele tem suas filosofias, um jeito de trabalhar diferente e estamos tentando nos adequar. É difícil, mas todos estão empenhados e juntos com ele para sair dessa. Sabemos das nossas qualidades para reverter essa situação”, disse.