A Vigilância Epidemiológica de Junqueirópolis realiza até o próximo dia 22 (sábado), a campanha de vacinação antirrábica em cães e gatos e coleta de sangue em cães para diagnósticos de leishmaniose. O município possui aproximadamente 1,5 mil cães e mil gatos.
A campanha faz parte da Semana Estadual de Prevenção da Leishmaniose Visceral e é realizada nos postos de Estratégia de Saúde da Família (ESFs) e no encerramento, dia 22, ocorrerá na praça Álvaro de Oliveira Junqueira, das 8h às 12h.
Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Márcia Gomes, nos dois primeiros dias da campanha, segunda e terça-feira, 11, a procura pela vacina ainda estava baixa, com a imunização de aproximadamente 350 cães e gatos, com a maioria, quase 90% em cachorros. “Há também os animais que são vacinados em clínicas particulares”, acrescenta a diretora. Na zona rural, as equipes da Vigilância irão percorrer as propriedades.
As doses de vacinas, assim como os kits para realizar a prova rápida que detecta a leishmaniose visceral em cães, que estão sendo utilizadas são de estoque da Vigilância Epidemiológica. Conforme Gomes, o Ministério da Saúde ainda não disponibilizou neste ano, os kits, nem vacinas.
Por isso, a coleta de sangue para exames de leishmaniose não está sendo feita em todos os cães que vão vacinar, somente naqueles que apresentam suspeitas da doença ou quando o dono do animal solicita o exame. A campanha tem colaboração de alunos do curso de Zootecnia da Unesp de Dracena.
Os casos positivos de leishmaniose detectados nas provas rápidas são enviados ao Instituto Adolfo Lutz, em Presidente Prudente, para novos exames, que se forem comprovados os animais devem ser sacrificados.
Quanto à campanha antirrábica, a diretora da Vigilância explica que no Estado de São Paulo, não há incidência da doença e por isso não é considerado estado prioritário para vacinação, como vem ocorrendo em outros estados. “A vacinação no estado de São Paulo, irá ocorrer depois de setembro”, reitera.
LEISHMANIOSE – Os casos positivos de leishmaniose em humanos neste ano em Junqueirópolis totalizam 14. “Desses, três são de leishmaniose visceral e onze cutâneas”, informa a diretora. Todos os pacientes se recuperaram.
A diretora da Epidemiológica informa que a leishmaniose cutânea começou a surgir no município neste ano e é transmitida pelo mosquito-palha, ou birigui, o mesmo que transmite a visceral.
No entanto, 9 dos 11 casos das cutâneas foram contaminados por pescadores que estiveram às margens de rios. “Mas o mosquito já foi localizado nas imediações da zona urbana”, informa a diretora, explicando a necessidade da população deixar os quintais limpos, principalmente de fezes de animais e matérias orgânicos em decomposição, onde o mosquito palha se reproduz.
Quanto à dengue, Gomes informa que a incidência está diminuindo. O município registra 547 casos da doença em 2015.