O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente, resultados das pesquisas trimestrais do abate de animais, do leite, do couro e da produção de ovos de galinhas. O abate de suínos no Brasil no segundo trimestre de 2015, foi de 9,70 milhões de cabeças, registrando recorde desde que se iniciou a pesquisa, em 1997.
O resultado representa aumentos de 5,8%de abates, comparado ao primeiro trimestre de 2015 e 5,7% frente ao segundo trimestre de 2014.
Em caminho inverso, no segundo trimestre de 2015, caiu o abate de bovinos com um total de 7,63 milhões de cabeças, quedas de 1,4%, em relação ao trimestre anterior e 10,7%, comparado com o segundo semestre de 2014.
No frigorífico de suínos em Dracena, o assistente administrativo, João Paulo de Almeida Belinello, confirma que o crescimento no abate de porcos, está associado ao reajuste da carne bovina neste ano para o consumidor.
Porém, ele ressalta que o preço dos suínos para o abate no frigorífico vem aumentando de forma gradativa. “Não conseguimos manter uma escala de compra semanal porque a cada dia, o preço é reajustado, hoje (terça-feira), pagamos R$ 80 pela arroba (14 quilos), preço que há 90 dias (15 de junho), pagávamos R$ 65 e se negociássemos sairia mais barato”, informa o assistente no dia que concedeu a entrevista.
Belinello acrescenta ainda que o mercado de suínos para abate atualmente não tem negociação e o preço está cada vez mais alto. Ele ressalta ainda que a tendência para o final do ano é do preço cobrado pelo produtor do frigorífico continuar em alta.
“Para manter o lucro de há um ano, é necessário produzir o dobro de carne para o mercado e nesse período houve ainda, aumento no preço da energia elétrica (cerca de 40%), da carga tributária e insumos, essa é uma situação que ocorre em toda cadeia industrial e comercial”, explica.
O abate de frangos (1,40 bilhão de cabeças), segundo o IBGE, apresentou aumento de 1,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior e aumento de 5,5% em relação ao 2º trimestre de 2014.
A produção de ovos de galinha registrou novo recorde com 725,72 milhões de dúzias, representando aumentos de 2,7% sobre o 1º trimestre de 2015 e de 3,9% sobre o 2º trimestre de 2014.