João Vaccari Neto, que é ex-secretário de finanças do Partido dos Trabalhadores (PT), foi condenado na última segunda-feira, 21, em primeira instância, na Operação Lava Jato.
Em nota oficial, o PT reafirmou sua confiança na reforma da “injusta sentença em um novo julgamento nas instâncias superiores do Judiciário”.
No documento, o PT defendeu Vaccari e destacou a trajetória e as lutas dele ao longo da vida, com “simplicidade e humildade”. “João Vaccari Neto construiu sua história nas lutas dos trabalhadores, em particular no Sindicato dos Bancários de São Paulo. Ao longo de sua vida, sempre cultivou a simplicidade e a humildade. Não enriqueceu na política, conforme já demonstrado quando da quebra de seus sigilos bancário e fiscal.”
O juiz Sérgio Moro condenou dez pessoas por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, entre elas, João Vaccari Neto, condenado a 15 anos e quatro meses de reclusão, e o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, que recebeu pena de 20 anos e oito meses de reclusão. Ambos foram condenados pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
HISTÓRIA – João Vaccari Neto nasceu no dia 30 de outubro de 1958, em Terra Rica (Paraná). Quando tinha seis meses de idade sua família se mudou para Lucélia, onde ainda residem seus familiares. Mora na capital paulista desde janeiro de 1978. Filho de Ângelo Vaccari e de Olga Leopoldina de Freitas Vaccari (agricultores) é casado com Giselda Rousie de Lima e tem uma filha, Nayara de Lima Vaccari. Cursou o primeiro e o segundo graus em escola pública: o primário na escola Manoel Teixeira Junior, em Pacaembu, o ginásio e o colegial no IEE José Firpo, em Lucélia.
Interrompeu o curso superior de Economia que começara no início dos anos 80 na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em 16 de maio de 1978, ingressou no Banco do Estado de São Paulo S/A, quando iniciou sua carreira profissional corno bancário. Em julho de 1978, filiou-se ao Sindicato dos Bancários de década de 80, São Paulo, onde, também começou sua atuação política. Em 1986, inicia sua primeira gestão como diretor do Sindicato, no cargo de tesoureiro. Ocupou outras secretarias da entidade até assumir a presidência, cargo que ocupa desde 1998. Faz parte da executiva da CUT nacional desde 1994, quando foi secretário geral. Foi presidente do DIEESE no período de 1988 a 1990.
Foi presidente da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), cooperativa conhecida pelo Caso Bancoop. Em 2002 foi eleito 2º suplente de senador por São Paulo, na chapa encabeçada por Aloizio Mercadante. Vaccari é ex-membro do Conselho de Administração da Itaipu Binacional. Foi exonerado em janeiro de 2015 do cargo por Dilma Rousseff. (Com informações do Terra e da Câmara Municipal de São Paulo).