Rogério Ceni tem, no máximo, 16 partidas para defender o gol do São Paulo antes da aposentadoria. Na quinta-feira, 24, em entrevista coletiva inesperada no CT da Barra Funda, o goleiro-artilheiro decretou o fim da carreira para dezembro deste ano e já começou a planejar o futuro do Tricolor sem sua presença, principalmente como capitão. Rodrigo Caio e Lucão, que sempre carregaram a braçadeira nas categorias de base, são os favoritos para o posto.
“Vejo sempre o (técnico Juan Carlos) Osorio falar sobre o Pato voltar à Seleção Brasileira… Mas gosto de falar dos dois zagueiros, que têm servido às Seleções de base e estão jogando muito bem. Eles têm vigor físico, talento, coragem e têm correspondido em um sistema de jogo que exige muito para os zagueiros. Se ficarem no clube por muito tempo, serão grandes líderes. Um deles vestirá a faixa de capitão definitivamente muito em breve. Ambos têm muito caráter e precisam ser muito bem cuidados pelo clube”, apostou Ceni, antes de prosseguir:
“Este ano eu paro, vocês ficarão livres de mim. Todo mundo foi embora e só sobrou para mim vir dar a entrevista. Não gosto. Nem queria vir, já dei muita entrevista. Gostaria de ser dez anos mais jovem para seguir jogando bem e sem dores, mas o tempo chega para todos, e em dezembro agora, até que se prove o contrário, eu encerro a carreira”, sacramentou.
Ao todo, Ceni pode entrar em campo em mais 11 partidas do Campeonato Brasileiro e até cinco na Copa do Brasil – uma garantida contra o Vasco da Gama e mais as possíveis semifinal e final. Até lá, o Mito pretende entrar em campo o máximo de jogos possível e abandonar os gramados com um título. E para começar a trilhar essa rota decisiva, espera bater o Palmeiras às 16h de domingo no Morumbi.
“Para mim, todos os jogos têm um sabor especial. Um jogo é diferente do outro, como um quadro pintado, que sempre tem traços diferentes. São jogos muitos importantes, o torcedor sente muito a vitória no clássico, vibra, pode sair na rua com a camisa do time com orgulho e liberdade. Seria muito importante vencer, e por isso são jogos tão difíceis. Os times procuram a paz e tranquilidade para a semana e para os próximos jogos”, afirmou.