A Polícia Civil de Adamantina por meio da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) finalizou o inquérito que investigava a autoria dos trotes violentos ocorridos no início desse ano contra calouros da FAI (Faculdades Adamantinenses Integradas).
Apesar de identificar pessoas que teriam participado dos trotes, a Polícia não indiciou ninguém.
Conforme a delegada Patrícia Tranche Vasques, as vítimas que tiveram ferimentos mais leves conseguiram reconhecer alguns dos envolvidos, porém por se tratar de crime de menor potencial ofensivo, ninguém foi acusado. Já no caso da estudante de pedagogia Nathália de Souza Santos que teve as pernas queimadas com um ácido, não foi reconhecido ninguém pela vítima e, por isso não foi possível indiciar ninguém.
A delegada disse já ter encaminhado o documento ao Fórum de Adamantina para que sejam tomadas as devidas providências.
O caso foi registrado em 3 de fevereiro, um dia após a jovem ser vítima de trote violento em frente ao campus II da FAI, quando foi jogado na estudante um líquido ácido que lhe causou queimaduras. No mesmo dia ela precisou ser encaminhada ao Pronto Socorro onde teve as pernas enfaixadas. Desde então a Polícia Civil realiza as investigações. Outras vítimas também registraram queixa na polícia.
Em março, Nathalia retornou a faculdade, onde segundo ela, foi bem recebida pelos alunos e se sentiu mais tranquila.
Após a polêmica que repercutiu na imprensa nacional, a câmara de vereadores aprovou e já entrou em vigor a lei que proíbe trotes violentos nas instituições de ensino superior e técnico de Adamantina.