O motorista Eduardo Vargas esteve na manhã de ontem, 23, no Jornal Regional, para se queixar do atendimento que recebeu há poucos dias quando foi retirar o leite oferecido pelo Programa Estadual Vivaleite. Ele apresentou a reportagem boletim de ocorrência que registrou na polícia, segundo Vargas, por injúria sofrida contra uma funcionária do posto de saúde do jardim São Manoel.
No documento da polícia consta que a filha de Eduardo, que acaba de completar esse mês 6 anos de idade, é beneficiária do programa. Ocorre que sempre o pai da criança fez a retirada do leite três vezes por semana, ou seja, as segunda, quarta e sexta-feira, das 7h às 8h30. No entanto, recentemente, houve mudança nos dias e horários da entrega do leite aos beneficiários, sendo somente agora as terças e quintas-feiras, das 7h às 8h.
Vargas informa que ainda não se adaptou com a mudança dos horários e na manhã do último dia 13 chegou atrasado para receber o leite, às 8h40. Porém, segundo ele, mesmo constatando que ainda havia leite em quatro gamelas e as funcionárias presentes no local, a responsável pela entrega do produto se recusou a entregar dizendo que já havia encerrado o horário de retirada. Imediatamente Vargas entrou em contato telefônico com as responsáveis pelo programa na cidade, Edilene e a primeira-dama e secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Guiomar Pedretti, e foi determinada a entrega do leite, porém a responsável por entregar o leite ao público ainda se recusou a fazer.
Após passar cerca de uma hora do ocorrido, algumas entidades de Dracena foram ao local buscar o leite que sobrou. Vargas percebendo que não receberia o leite pegou quatro saquinhos (leite), que julgou ter direito. Ele disse que dois litros seriam para a filha e dois para o sobrinho, que também é beneficiário do programa e estava naquele dia em posse de dois tíquetes para a retirada. Neste instante segundo Vargas, a responsável pela entrega, em tom muito alto e na presença de pessoas, o ofendeu, lhe chamou de ladrão e que estava roubando o leite que seria doado para as entidades. Em virtude disso, quatro viaturas da polícia estiveram no local para verificar a situação.
O boletim de ocorrência foi elaborado por Vargas como injúria, a fim de conscientizar outras pessoas sobre os seus direitos. “Luto por um direito meu, porque minha filha é beneficiária do programa. Essa funcionária denegriu minha imagem. O leite tem que ser entregue para as crianças, que são as verdadeiras beneficiárias”, criticou.