A Comissão da Fórmula 1 votou para não prosseguir com a ideia de um motor alternativo – mais barato – para a temporada de 2017 da Fórmula 1, de acordo com a Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Na última terça-feira, 24, em Paris, a alta cúpula da categoria se reuniu para discutir a proposta, que tinha como objetivo reduzir os custos das equipes clientes com as novas unidades de potência V6 de 1,6 litro, avaliadas na casa dos 20 milhões de euros e introduzidas desde o início de 2014.
Desde que a Ferrari se mostrou contra reduzir os gastos com motores para 12 milhões de euros, a FIA e o dono dos direitos comerciais da F1, o britânico Bernie Ecclestone, sugeriram uma alternativa mais barata, com equivalência de desempenho para garantir condições de igualdade entre as equipes.
No entanto, em reunião com o Grupo de Estratégia, formado para dar voz às escuderias, a Comissão da F1 descartou essa ideia e informou que divulgará uma proposta até 15 de janeiro de 2016, fornecendo soluções relativas à questão dos motores.
Os termos da proposta foram divididos em quatro tópicos: garantia de oferta de motores para os times; necessidade de reduzir custos das unidades de potência para as equipes clientes; simplificação da especificação técnica dos motores; aumento do ruído.
A FIA acrescentou que a decisão de não prosseguir com a ideia de um motor alternativo deverá ser reavaliada após os fabricantes apresentarem a sua proposta ao Grupo de Estratégia.
Dentro desta nova proposta, haverá uma regra que estipula um número mínimo de equipes atendidas por cada fabricante, garantindo que todos os times tenham acesso a um motor. A expectativa é que o novo regulamento seja posto em prática na temporada 2017 ou no mais tardar em 2018.
A primeira reunião entre a FIA e os fabricantes de motores acontecerá neste final de semana durante o GP de Abu Dhabi, que encerrará o campeonato deste ano.