A Bolívia vai instalar nos próximos quatro anos uma usina de pesquisa nuclear com tecnologia russa e suporte argentino e francês, para desenvolver energia atômica com fins pacíficos. O anúnciou foi feito pelo presidente do país, Evo Morales.
Esse grande complexo, com custo estimado em US$ 300 milhões, contará com uma instalação de cíclotron-radiofarmácia, um centro multiuso de radiação gama e um reator de investigação, sem apresentar “qualquer risco para os habitantes ou para a natureza da região”, disse ontem (5) o líder boliviano. Devido a críticas da oposição, o projeto, previsto inicialmente para ficar nos subúrbios de La Paz, teve de ser relocado para um terreno situado na cidade de El Alto, a cerca de dez quilômetros da capital boliviana.
A Bolívia e a agência federal russa Rosatom assinaram neste mês um importante acordo para desenvolver energia nuclear para fins pacíficos. Segundo o governo de Morales, o centro vai permitir ao país diversificar a produção energética, impulsionar a indústria tecnológica e ainda promover a segurança alimentar e os recursos de saúde na Bolívia.
Além da Rússia, a Bolívia também assinou acordos para o projeto com Argentina e França, por meio da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), que dará apoio para a implementação das normas de segurança exigidas internacionalmente.