Comemorou-se nessa sexta-feira, 20, o Dia da Consciência Negra, data dedicada à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.
“Este dia marca a luta contra a desigualdade racial que continua mais forte do que nunca. Quantos negros morreram no chicote e no tronco apenas porque sua pele era escura!?”, questionou o mestre de capoeira, Ura.
A data foi criada em 2003, quando foi instituído o feriado em âmbito nacional mediante a lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011, sendo considerado feriado em cerca de mil cidades em todo o país e em cinco estados por completo através de decretos estaduais. Em estados que não aderiram a lei, a responsabilidade é do prefeito, que decide se haverá o feriado no município. A ocasião é dedicada à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.
Mestre Ura, que é responsável pela Casa Cultural de Capoeira de Adamantina, enfatizou, ainda, que é necessário lutar contra o preconceito. “Mesmo passado tanto tempo desde a escravidão, essa marca ainda está presente em nossa sociedade. Temos que lutar contra isso, para que os negros sejam respeitados como todos os outros, afinal somos uma mistura de raças”.
Para o mestre, a capoeira que atualmente em dia é muito popular, é uma forma de ressaltar os valores dos negros, já que foi desenvolvida por descendentes escravos africanos e é uma expressão cultural brasileira que mistura arte marcial, esporte, cultura popular e música.