(Detroit/EUA) – A segunda geração do Chevrolet Cruze ficou maior, mais tecnológica, mais leve, além de ganhar novos motores e transmissão. A boa notícia é que o sedã será vendido no Brasil, a má é que ainda vai demorar. O produto de maior sucesso da marca americana na atualidade será comercializado em mais de 150 países, incluindo a América do Sul. Porém, por aqui o modelo deverá chegar apenas em 2017.
A produção deixará de ser realizada em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, e passará para a Argentina, mais precisamente para a planta de Rosário, área próxima da capital Buenos Aires. Até lá, a atual geração do Cruze, que passou por uma pequena reestilização no fim de 2014, seguirá sem grandes mudanças. A maior novidade desta linha chega no fim deste ano, com a introdução do sistema OnStar.
A Chevrolet aposta alto no novo Cruze. A primeira geração, lançada em 2008, foi o carro chefe da marca e responsável por mais de 3,5 milhões de unidades vendidas ao redor do mundo. Por aqui, o Cruze sedã chegou a figurar entre os três mais vendidos da sua categoria, mas agora perde terreno para os renovados Toyota Corolla, Honda Civic e Nissan Sentra.
Entre janeiro e maio, foram comercializadas 5.280 unidades do Chevrolet, contra 26.125 unidades do Corolla e 13.474 do Civic. Na terceira posição aparece o Nissan Sentra (6.014), segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).
TUDO NOVO – Mesmo com números expressivos da primeira geração em diversas partes do mundo, a Chevrolet não teve dúvidas em promover uma total reformulação do sedã. Apenas a gravata dourada, símbolo da marca, foi mantida.
O modelo apresentado em junho deste ano em Detroit, nos Estados Unidos, é bem semelhante ao revelado na China no fim de 2014. Porém, os executivos da montadora frisaram por diversas vezes que o modelo chinês é exclusivo para aquele mercado e que o Cruze vendido por lá traz desenho e engenharia próprios.
O novo Cruze inaugura a nova identidade visual da Chevrolet. As linhas da carroceria ficaram mais esguias e recortadas. Sai o estilo clássico e requintado que marcou a primeira geração para entrar o tecnológico e esportivo. Os faróis dianteiros foram alongados e ganharam luzes de LED na parte de baixo, já a traseira tem corte reto e grandes lanternas que invadem o porta-malas.
Com as mudanças, o novo Cruze também ficou maior. O entre-eixos, por exemplo, que costuma refletir o conforto dos ocupantes a bordo, aumento 10 centímetros (passou de 2,60 metros para 2,70 m).