Na tarde de quinta-feira, 5, o prefeito Osvaldo Benetti reuniu seus secretários e diretores, vereadores e representantes do Sindicato dos Servidores para discussão e tomada de medidas efetivas de enfrentamento da crise financeira.
Antes, no período da manhã, o prefeito já havia se reunido com seus diretores e secretários para ouvir as propostas e sugestões de cada setor visando a economicidade. Algumas sugestões, inclusive, ocorreram do próprio funcionalismo público, através de uma caixa de sugestões que percorreu os diversos setores da municipalidade.
Após esta primeira etapa, no período da tarde, as propostas foram analisadas e discutidas entre prefeito, secretários e diretores, vereadores e representantes do Sindicato dos Servidores. Esteve presente o presidente da Câmara Alberto Luiz Salles (Tim), os vereadores Paulo Édson Bompadre (Padreco), Rose Irene Gomes Sanches Cenedeze (Rosita), Joana Aparecida Ramos Garcia Grava (Zinha) e José Silveira (Zezinho do Oásis), além do presidente do Sindicato dos Servidores Nélson de Oliveira e o servidor público Izaias Dionísio de Oliveira, que integra a diretoria do Sindicato.
Dentre as medidas sugeridas, o enxugamento da máquina através da demissão de funcionários comissionados e contratados voltou a ser destaque, e o prefeito Osvaldo Benetti garantiu que as dispensas continuarão a acontecer de modo gradual.
Também foi sugerida a unificação do Cras e Secretaria de Desenvolvimento e Ação Social num só prédio. Porém, foi explicado que o aluguel da casa onde funciona o Cras vem do Governo Federal e a casa onde funciona a Secretaria de Desenvolvimento e Ação Social pertence ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, portanto, nenhum deles gera despesa de aluguel para o município. Sobre a proposta de levar a Secretaria de Educação para o Paço Municipal, a mesma será debatida com os integrantes do setor, sobre a viabilidade da medida.
Ainda foram discutidas outras medidas versando sobre contratação de funcionários pela APM, transporte de alunos, bolsas de estudo para ensino superior, vale-alimentação para professores substitutos, eventual repasse do matadouro para uma associação que seria criada pelos açougueiros locais, distrato de contratos em andamento e revisão de outros, medidas que dependem de análise jurídica sobre sua viabilidade e outras que dependem de envio de projeto para análise do Legislativo.
Os vereadores questionaram sobre o andamento das obras, pediram celeridade na execução dos serviços, questionaram sobre as contratações na área da saúde, dentre outros temas. E também foram questionados sobre alguns projetos enviados pelo Executivo e que ainda não foram analisados ou votados.
Ao final, Executivo, Legislativo e Sindicato dos Servidores entenderam que as medidas, ainda que impopulares, terão que ser tomadas para evitar uma crise maior no próximo ano. “Neste momento crítico não podemos fazer política, temos que fazer gestão”, destacou o prefeito Osvaldo Benetti. “E essas medidas só terão efeito se forem compreendidas e assimiladas por todos os envolvidos: servidores municipais, secretários, diretores, vereadores, fornecedores e população em geral”, pontuou o prefeito.
E por fim, foi criado dois grupos de trabalho na Prefeitura: um para controle direto das contas e dos recursos que chegam, e outro para filtrar e controlar o que precisa ser adquirido.