O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro apresentou variação na taxa da inflação que atingiu 0,82% e ficou 0,28 ponto percentual, acima da taxa de 0,54% registrada no mês de setembro.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou o índice do IPCA na sexta-feira, 6, este é o mais elevado resultado para os meses de outubro desde 2002, quando atingiu 1,31%.
Com isto, o acumulado no ano de 2015 ficou em 8,52%, acima do 5,05% de igual período de 2014 e o mais elevado para o período de janeiro a outubro desde 1996, quando chegou a 8,70%.
Nos últimos 12 meses, o índice foi para 9,93%, resultado superior aos 9,49% dos 12 meses imediatamente anteriores e o mais elevado para os 12 meses desde novembro de 2003 (11,02%). Em outubro de 2014 o IPCA havia registrado 0,42%.
COMBUSTÍVEIS – Em outubro, os combustíveis, que detêm parte significativa das despesas das famílias, participando com 4,89% de peso no IPCA, lideraram o ranking dos principais impactos. Mais caros em 6,09%, os combustíveis ficaram com 0,30%, sendo responsáveis por 37% do resultado do índice.
O consumidor passou a pagar, em média, 5,05% a mais pelo litro da gasolina, combustível de maior peso no índice, 3,83%, exercendo impacto de 0,19%.
Este foi o reflexo, nas bombas, do reajuste de 6 % autorizado ao nível das refinarias em vigor desde o dia 30 de setembro. Em relação aos últimos 12 meses, os preços da gasolina acumulam 17,93%.
No caso do etanol, o aumento foi ainda maior, chegando a 12,29%. Mas, como a participação no orçamento é de 0,80%, sua contribuição no índice foi de 0,10 %, menor do que a da gasolina.
No diesel, cujo peso é 0,15%, os preços aumentaram 3,26%, refletindo nas bombas, o reajuste de 4 % nas refinarias, também em 30 de setembro. Em relação aos 12 meses, a alta está em 15,94%.
Assim, o reajuste nos preços dos combustíveis levou o transportes (1,72%) ao mais elevado resultado de grupo no mês.
ALIMENTAÇÃO – Alimentação e bebidas (0,77%) foi grupo que apresentou a segunda maior alta no índice do mês. A alimentação fora de casa teve alta de 0,93%, mais intensa do que os alimentos consumidos em casa (0,68%).
Com isto, o grupo alimentação e bebidas chegou ao reajuste de 10,39% nos últimos 12 meses. De setembro para outubro, os preços de grande parte dos produtos alimentícios subiram. As principais altas encontram-se na tabela a seguir.
Quanto às quedas, foram registradas em poucos produtos, destacando-se a cebola, cujos preços caíram 32,64%, e a batata-inglesa, 10,69% mais barata de um mês para o outro.
HABITAÇÃO – Nos itens de despesas com habitação (0,75%), sobressai o botijão de gás, 3,27% mais caro após ter subido 12,98% em setembro. Com isto, nestes dois meses, o GLP para uso residencial apresenta aumento de 16,67% nos pontos de distribuição ao consumidor, consequência do reajuste de 15% autorizado pela Petrobrás nas refinarias, com vigência a partir do dia primeiro de setembro.
Em habitação, outros itens fizeram aumentar a despesa do consumido: energia elétrica (0,87%), mão de obra para pequenos reparos (0,58%), aluguel (0,57%) e artigos de limpeza (0,41%). Confira no quadro abaixo, a evolução da inflação em outubro e durante 2015. (Com informações do IBGE)

Período                          TAXA
OUTUBRO 2015             0,82%
Setembro 2015              0,54%
Outubro 2014                0,42%
Acumulado 2015            8,52%
Acumulado 12 meses      9,93%