Por decisão judicial proferida ontem, 17, o prefeito de Adamantina, Ivo Santos foi afastado do cargo. Quem assume seu lugar é o vice-prefeito, João Eduardo Barbosa Pacheco (doutor Pacheco).
O afastamento está relacionado às investigações da Justiça sobre o caso dos precatórios, em que o ex-secretário de Finanças, Neivaldo Marcos Dias de Moraes teria depositado em sua conta particular um cheque nominal a Prefeitura, assinado por Ivo, no valor de R$ 276 mil.
O caso foi levado a Justiça pelo Ministério Público e a juíza de direito da comarca de Adamantina, Ruth Duarte Menegatti determinou o imediato afastamento de Ivo Santos da prefeitura.
O prefeito foi informado da decisão e posteriormente a Câmara recebeu a ordem judicial na tarde de ontem, 17, para providenciar em caráter de urgência a sessão extraordinária para dar posse ao dr. Pacheco, que deve acontecer hoje, 18, às 10h, no plenário da Câmara Municipal.
Ivo Santos pode recorrer da decisão, porém, deve se manter afastado.
O Ministério Público começou em junho a investigar o caso e apreendeu documentos nas dependências da Prefeitura para colher provas sobre o caso e levar a denúncia à Justiça.
No dia 14 de julho vazou a cópia de um cheque no valor de R$ 276.259,50 com data de 5 de fevereiro de 2015 assinado pelo então secretário municipal e com carimbo também do prefeito Ivo Santos e da agência bancária de Tupã, onde foi realizado o depósito. Na cópia do documento ao qual o Jornal Regional teve acesso, consta que o cheque refere-se a cumprimento judicial da Justiça Federal de Tupã. O secretário pediu seu desligamento do cargo de secretário da prefeitura.
O prefeito Ivo se manifestou no dia seguinte em programa da Radio Jóia e confirmou que o cheque foi de fato depositado na conta do ex-secretário. Na ocasião, Ivo disse que havia uma dívida da prefeitura com a Procuradoria Geral do Estado no referido valor do cheque, e devido a impasses na negociação o cheque foi depositado na conta do secretário.