Time da virada, time do amor, um time campeão! Depois de uma partida emocionante e disputa de pênaltis, o Palmeiras reverteu a desvantagem da primeira partida, bateu o Santos por 2 a 1 (4 a 3 nas penalidades) e conquistou pela terceira vez a Copa do Brasil.
O título, que se soma às conquistas de 1998 e 2012, é o primeiro conquistado pelo Verdão no Allianz Parque, lotado na noite de quarta-feira, 2, por 39.660 torcedores. O Palmeiras se consolida como o maior campeão nacional com doze taças: além das três Copas, a equipe palestrina ainda tem oito Campeonatos Brasileiros e uma Copa dos Campeões.
O JOGO – Buscando reverter o placar adverso da primeira partida, o Palmeiras começou pressionando o Santos e, logo nos primeiros instantes, Barrios deu lindo passe no ataque para Gabriel Jesus, que saiu na cara do gol e bateu, obrigando Vanderlei a fazer grande defesa.
Aos sete minutos, foi a vez da equipe praiana assustar. Marquinhos Gabriel invadiu a área pela esquerda e chutou cruzado, mas Prass espalmou. No rebote, Victor Ferraz chegou finalizando e a bola explodiu na trave.
Com maior volume de jogo, o Palmeiras não se intimidou e seguiu atacando, enquanto o time santista explorava contra-ataques esporádicos e fazia o jogo parar com faltas no meio de campo.
Aos 19, Barrios fez ótimo trabalho de pivô novamente e tocou para Dudu na entrada da área. O camisa 7 girou em cima da marcação e finalizou, mas a bola subiu e foi pela linha de fundo.
Um minuto depois, João Pedro limpou a defesa pela direita e cruzou. Dudu tentou tocar para o gol, mas não conseguiu concluir na direção da meta.
Jogando melhor, o Palmeiras seguiu apertando e, aos 27, teve mais uma chance clara: Robinho avançou pela intermediária e fez o cruzamento na área para Barrios, que tocou de cabeça no ângulo e fez Vanderlei se esticar inteiro para salvar o Santos.
Aos 36, Robinho cobrou escanteio e Vitor Hugo subiu mais que a zaga alvinegra, tocando de cabeça para fora.
Cinco minutos mais tarde, Gabriel Jesus sentiu lesão no ombro – que o incomodava desde a primeira partida da final – e deu lugar a Rafael Marques.
A segunda etapa começou com o Palmeiras mantendo a mesma postura ofensiva da primeira metade do jogo. Aos 11 minutos, uma aula de toque de bola do Verdão no campo de ataque: Barrios fez a parede e passou para Robinho na área. Cara a cara com Vanderlei, o meia encontrou Dudu, livre, com o gol aberto e o camisa 7 estufou as redes, explodindo os quase 40 mil palestrinos no Allianz Parque. (Palmeiras 1×0 Santos)
A decisão, que já era dramática, ficou ainda mais tensa depois do gol do Palmeiras. O Santos partiu para cima para tentar respondeu e a partida ficou completamente aberta. No entanto, as marcações prevaleciam sobre as linhas de ataque.
Se com jogadas trabalhadas, as chances não saíam, a bola parada era a saída. Aos 39, Robinho bateu falta da intermediária Vitor Hugo desviou e Dudu chegou na segunda trave para desviar e ampliar o placar. (Palmeiras 2×0 Santos)
O resultado dava a taça ao Verdão no tempo normal, mas dois minutos depois, o Santos respondeu em cobrança de escanteio. Marquinhos Gabriel cobrou, Werley desviou de calcanhar e a bola sobrou para Ricardo Oliveira na entrada da pequena área. O atacante bateu forte e diminuiu para o Santos. (Palmeiras 2×1 Santos)
Quando Héber Roberto Lopes apontou o fim do campo, o clima na arena ficou ainda mais emocionante: a Copa do Brasil seria nas decidida nas penalidades máximas.
A disputa começou com Marquinhos Gabriel cobrando para o Santos. O meia partiu para a cobrança, escorregou e mandou para fora. Na sequência, Zé Roberto bateu com perfeição para o Verdão e abriu o placar.
Grande pegador de pênaltis, Prass defendeu a segunda cobrança, feita por Gustavo Henrique. Mas Vanderlei também pegou a batida de Rafael Marques e deixou o placar ainda em 1 a 0.
O terceiro pênalti do Santos foi efetuado por Geuvânio, que marcou o primeiro do time alvinegro, mas Jackson acertou chute forte e deixou o Palmeiras novamente em vantagem.
A quarta cobrança santista saiu dos pés de Lucas Lima, que marcou para o Santos. Cristaldo também fez para o Verdão.
Na última penalidade do Santos, Ricardo Oliveira ficou frente a frente com Prass. Na batida, o camisa 9 bateu e o arqueiro alviverde quase defendeu com os pés, mas a bola entrou. A redenção, no entanto, seria na cobrança seguinte: Fernando Prass, o herói da conquista, colocou a bola na cal. A torcida gritou seu nome. O camisa 1 partiu para a cobrança. A bola estufou a rede. E a torcida partiu para a festa.