Depois de ser notificado na quinta-feira, 3, pela Justiça sobre a decisão do TJ/SP que reconduziu na quarta-feira, 2, o prefeito afastado Ivo Santos ao comando da Prefeitura de Adamantina, o agora vice-prefeito Dr. Pacheco – que foi o prefeito de Adamantina no período de 18 de novembro a 2 de dezembro – foi procurado pelo SIGA MAIS e de maneira discreta fez um balanço sintético do período que dirigiu o município, e agradecimentos.
Sua primeira colocação foi de agradecimento. “Venho aqui agradecer o grande apoio da população, que se mostrou carinhosa e esperançosa, nesse período que dirigimos a cidade” disse. “A amizade e a confiança da grande maioria da população foram importantes para nos apoiar, nas decisões que tomamos”, continuou. Para Dr. Pacheco, essa manifestação de apoio foi motivadora. “A população me encorajou a assumir e fazer o que era preciso”, destacou.
Em seguida, Dr. Pacheco agradeceu a sensibilização interna demonstrada pelos funcionários da Prefeitura, onde diz que teve um apoio especial. “São eles que podem fazer a grande diferença, por ser uma força de trabalho imprescindível para o funcionamento da Prefeitura”, explicou. “E nesses 15 dias, percebi que estavam bastante motivados a isso”, destacou.
Na mesma linha, Dr. Pacheco agradeceu a equipe que se formou e se dispôs a assessorá-lo, por meio dos secretários municipais empossados no cargo, e aqueles que passaram a acumular outras funções. E destacou ter orientado que todos colocassem os cargos à disposição, já que a decisão por mantê-los nos cargos, e dentro das novas atribuições, passa a ser do prefeito reconduzido.
TRABALHO INTENSO – Dr. Pacheco revelou ter vivido dias de intenso trabalho, sobretudo pela necessidade de conciliar suas atividades como médico e a gestão municipal. “Fizemos um trabalho intenso, dedicado e honesto”, disse. “Agora torço para que o Ivo consiga atingir os melhores objetivos”, completa.
Sobre a decisão judicial que reconduziu Ivo Santos ao cargo, Dr. Pacheco parafraseou o próprio titular, que ao ser afastado se manifestou dizendo que decisão judicial se acata. “Ele acatou, agora eu acato”, sintetizou.
RECUAR – Dr. Pacheco relevou também a postura que deverá adotar a partir de então, e não vê nenhuma possibilidade de aproximação mais participativa junto ao prefeito reconduzido Ivo Santos, onde pretende ter uma presença discreta, dentro do que é prerrogativa do cargo de vice-prefeito, de atuar em situações de impedimento do prefeito, como ocorrera nas últimas duas semanas.
Ivo Santos retomou na última quinta-feira, 3, ao comando da Prefeitura de Adamantina, mas continua respondendo às acusações, no processo onde ele é citado como investigado, juntamente com o ex-secretário municipal de finanças, Neivaldo Marcos Dias de Moraes, que tramita na 3ª Vara da Comarca de Adamantina (Processo 1001023-90.2015.8.26.0081).
EM 15 DIAS DE GOVERNO – Em duas semanas de governo, Pacheco deu respostas rápidas à sociedade e deixa sua marca. Em especial, por resolver um imbróglio de 3 anos, no impasse centralizado por Ivo Santos na decisão sobre a área da Fatec para Adamantina, conquistada em 2011, que já tinha área definida em 2012 por Kiko Micheloni e a administração Ivo Santos, a partir de 2013, resistiu em acolher essa proposta.
Em duas semanas no cargo, Dr. Pacheco também resolveu ouro imbróglio, que possibilitou a retomadas das obras da Delegacia Seccional de Polícia, uma conquista de 2012 e que também estava parada, em razão de falhas no projeto e indefinições.
Ainda como decisão de racionamento da estrutura, Dr. Pacheco desencadeou medidas que resultaram no desligamento de secretários municipais, ficando alguns dos novos gestores com a atribuição de acumular outras secretarias. A medida permitiria, na reengenharia de Pacheco, uma estrutura com 6 ou 7 secretários, respondendo pelas próprias áreas e acumulando outras.