O novo governo argentino anunciou ontem (14) duas medidas para incentivar as exportações de carne e grãos e destravar as importações de produtos de outros países, inclusive do Brasil.

Um decreto do presidente Mauricio Macri reduz de 35% para 30%, o imposto sobre exportação de soja e isenta as exportações de trigo, milho, girassol e carne bovina. Os impostos foram criados por sua antecessora, Cristina Kirchner, em 2008, quando os preços das commoditieseram altos. E foram mantidos, mesmo depois, para financiar o gasto público.

Macri espera que a diminuição da carga tributária leve o setor agrícola (principal motor da economia argentina) a liquidar as exportações de grãos, que eles estocaram. Pelos cálculos dos economistas, se isso ocorrer, entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões entrariam no país, reforçando as escassas reservas do Banco Central.

No mesmo dia, o novo ministro da Produção da Argentina, Francisco Cabrera, garantiu que, a partir de 31 de dezembro, deixa de vigorar a Declaração Jurada de Autorização a Importação (DJAI) – uma medida burocrática, usada por Cristina Kirchner para equilibrar a balança comercial quando faltavam dólares no país.