O progresso tecnológico consumado pela III Revolução Industrial trouxe avanços que revolucionaram as relações humanas para sempre. Entre eles, o grande destaque da atual data são os aparelhos celulares que tiram as famosas selfies.

Em meio a tantos recursos, não há mal algum em unir as tecnologias e publicar fotos, nas redes sociais, que retratem bons momentos. A situação torna-se alarmante quando sites de relacionamento, como o Facebook, servem de palco para uma sociedade que busca demonstrar sua vida perfeita, somente com momentos felizes. Essa é a típica “Modernidade líquida”, descrita pelo sociólogo Zygmunt Bauman, que baseia as relações humanas em conceitos efêmeros.
Este vício denuncia outo grave problema da sociedade, já que a vaidade exercida de maneira narcisista desencadeia a busca desenfreada por aceitação diante do mundo virtual. Além disso, a busca por veneração aparece em forma de “likes” e faz as pessoas compartilharem com amigos virtuais uma simples ida ao supermercado, por exemplo. Dessa forma, a linha entre aceitação e exposição está cada vez mais tênue.
O modo e a intensidade com que se usam as redes sociais, portanto determina se ela expõe excessivamente a vida das pessoas. Afinal, considerando também que os sites de relacionamento aproximam quem está distante e isolam quem está perto, a melhor rede social ainda é uma mesa rodeada de amigos, sem a preocupação e a necessidade de demonstrar aos outros cada passo que se dá.

*Aluna do 3º ano do Ensino Médio e do Laboratório de redação com o professor Paulo Coelho – Colégio Objetivo de Dracena.