Com o aumento dos casos de microcefalia no Brasil, nas regiões do Nordeste, além dos Estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte e também em Minas Gerais, a população está cada vez mais preocupada, principalmente as mulheres grávidas.
As gestantes com medo de contraírem a doença aderiram aos repelentes como proteção ao mosquito Aedes aegypti (transmissor).
O Ministério da Saúde anunciou na semana passada, que investiga casos de mortes de 19 crianças, com suspeitas de microcefalia, desde o início do ano até o dia 5 de dezembro em oitos Estados do País e, se esses possíveis casos de malformação dos bebês têm relação com o zika vírus.
Em uma semana, o número de casos suspeitos de microcefalia passou de 1.248 para 1.761, um aumento de 41%. Devido a essa preocupação, os repelentes contra insetos não param nas prateleiras das farmácias.
O presidente da Associação dos Proprietários de Farmácias e Drogarias de Dracena (APFDD), Danilo do Val Lapenta, explica que os produtos indicados para as grávidas são os que têm as seguintes fórmulas: Icaridina, DEET e IR3535. Esses tipos de componentes são capazes de protegê-las contra o zika vírus.
Danilo conta que três fatos vêm chamando a atenção deles. O primeiro é o princípio ativo a base de Icaridina, que não está sendo encontrado no mercado devido tamanha a procura. “O próprio fornecedor está encontrando dificuldades em repassar o produto”, diz. Danilo acredita que os médicos estão receitando mais este componente, por isso, a falta vem sendo sentida em grande parte do País.
O repelente com esse componente na fórmula apresentou aumento nas vendas em 100% nos últimos 20 dias.
A boa notícia é que ontem, 14, havia chegado uma remessa do repelente em Dracena, no entanto, Danilo acredita que o produto não irá durar mais que três dias nas prateleiras.
Outro motivo apontado por Danilo é a falta de informação das pessoas. “Hoje muitos acreditam em tudo em que leem no Facebook e chegam desorientados nas farmácias. Percebemos que isso tem deixado o paciente sem saber o que fazer”, explica.
E por fim, muitos também não sabem qual repelente é mais indicado para cada tipo de pessoa e qual o tempo de duração.
Danilo salienta que todos os repelentes têm o objetivo principal de repelir o mosquito Aedes aegypti, o que varia é o tempo de aplicação.
Por exemplo, o Icaridina pode ser reaplicado a cada 10 horas. Já o DEET entre 2 a 6 horas tem que ser reaplicado e o IR3535 de 2 em 2 horas.
A orientação é aplicar sempre em área exposta. Os repelentes em aerossol, além de serem aplicados na pele também podem ser passado sobre as roupas, principalmente aquelas que têm o tecido é mais fino.
Mas atenção, mulheres no primeiro trimestre de gravidez e recém-nascidos devem ter uma preocupação maior em relação à doença e procurar informação junto ao obstetra.
MUTIRÃO – Esta semana a Prefeitura de Dracena realiza o sexto mutirão de limpeza, com o objetivo de eliminar criadores do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, febre amarela, chikungunya e agora o zika vírus.
Por isso é necessário atenção redobrada, e é preciso contar com a ajuda de toda a população para que cada morador faça um pouquinho, como tirar 10 minutos por dia e verificar a casa para não deixar água parada. Todos precisam fazer sua parte.