O caminhoneiro C.E.C., morador em Irapuru, suspeita que o incêndio que atingiu o tanque e a parte traseira do caminhão de propriedade dele na estrada municipal que liga Dracena a Junqueirópolis, tenha sido criminoso.
Ele disse à reportagem que na quinta-feira, 28, por volta das 17 horas quando transportava 20 toras de eucalipto pela estrada o caminhão acabou ficando atolado.
O motorista disse por telefone ao JR que a carga que levava apresentava certo excesso de peso e para desviar da fiscalização da balança do DER existente na rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294) preferiu utilizar a estrada.
Contou que às 21 horas saiu do local para ir buscar uma pá carregadeira para retirar o caminhão e liberar a estrada. Disse que meia hora depois retornou e percebeu que haviam estourado o tanque de óleo por onde atearam o fogo.
Segundo ele, o fogo queimou a parte traseira do caminhão, os pneus e 70% da carga de madeira avaliada em R$ 2.500 e só não atingiu a cabine porque conseguiu jogar terra nela, dez pneus foram destruídos.
O motorista acredita que alguém pode ter tentado passar pela estrada e não conseguiu porque o caminhão estava atolado e decidiu atear fogo. “Joguei terra nos pneus da frente para não pegar fogo. A parte traseira foi toda destruída. Quem fez isso só esperou eu sair para atear o fogo e ninguém viu nada. O chassi e a carroceria queimaram. Em 20 anos de trabalho nunca aconteceu isso comigo”, afirmou o motorista do caminhão que é dono de uma serraria em Irapuru.
Ele ressaltou que o prejuízo em virtude do incêndio é de mais ou menos R$ 20 mil e que não é o único que passa por lá para desviar da fiscalização. Segundo o motorista, diariamente cerca de 10 a 15 caminhões usam a estrada.
CONDIÇÕES – A estrada em questão vem sendo utilizada por muitos caminhões há bastante tempo, desde quando foi instalada a balança do DER na Ribeiro de Barros. Para desviar da fiscalização, muitos caminhoneiros trafegam por ruas de Dracena que dão acesso a vicinal da Pousada (Mário Covas) que leva a esta estrada rural. Há poucos dias, o JR fez matéria retratando o problema, não foi a primeira vez, porém até agora nenhuma medida para conter a ação desses caminhões que trafegam irregularmente por lá foi tomada.