O estudante Jorge Luiz Zangirolamo, de 29 anos, já recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente. No fim da tarde desta terça-feira (16), ele foi encaminhado para um quarto da enfermaria, onde deve permanecer internado para o tratamento da Síndrome de Guillain-Barré, que desenvolveu após apresentar sintomas da dengue.

Zangirolamo estava na UTI desde sexta-feira (12), quando a doença neurológica, considerada muito rara, foi diagnosticada e teve início o tratamento com imunoglobulina venosa. Até a síndrome ser descoberta, o estudante apresentou os sintomas da dengue, mas seu corpo começou a paralisar, o que levantou a suspeita de Guillain-Barré.

Com a imunoglobulina, porém, o paciente apresentou melhora e sua irmã, a médica veterinária Amanda Fonseca Zangirolamo, afirmou ao G1 que ele está reagindo bem.

“Aos poucos, ele está movimentando os braços e as pernas. A voz, que estava meio travada, melhorou também. Mas ainda não tem previsão de alta do hospital”, salientou.

O Hospital Regional informou que o paciente teve uma “melhora significativa em seu quadro clínico e dará continuidade ao tratamento no quarto da enfermaria”.

Síndrome de Guillain-Barré
A Síndrome de Guillain-Barré é uma doença neurológica considerada muito rara e afeta o sistema nervoso. O principal sintoma é a fraqueza muscular. A paralisia pode começar pelos pés e subir pelo corpo, chegando até o rosto. Em casos mais graves, pode afetar o diafragma e levar à morte.

A doença costuma aparecer após um quadro de infecção. O organismo reage e produz anticorpos para se proteger. Porém, no caso da Guillain-Barré, os anticorpos atacam a mielina, a membrana que reveste as fibras nervosas.

A relação do zika vírus com a síndrome ainda está sendo estudada.