Houve, em Dracena, por volta dos anos 1950, a Banda de música formada pelo maestro Esteves, havia outros instrumentistas, dos quais não se guardou memória.
Não se sabe ao certo, o número de músicos integrantes, nem o tempo de duração da mesma.
Em 1953, encontramos uma pessoa dinâmica e muito entusiasmada, Dejair Pagnozzi, seu desejo era formar uma banda de música em Dracena, uma vez que a primeira não mais existia. Naquela época, seu tio Arthur Pagnozzi, era o prefeito. Era de praxe existir banda de música nas cidades, então porque não formar uma. Fizemos vários contatos, tínhamos poucos elementos que sabiam tocar, procurei formar músicos, ensinando-lhes música, ritmos e instruir a Banda Marcial da Escola Técnica de Comércio.
Tivemos sorte, com a chegada em nossa cidade, oriundo de Rinópolis, quatro grandiosos músicos: José Amolaro Sax Tenor, Vitorino Amolaro (Lino) sax alto, Reinaldo Nascimento – trombone, com nossa insistência e necessidade resolveu tocar bombardino, seu irmão Roberto Nascimento – trombone, Silvio, piston, Alexandre Ramos – piston, o único integrante da primeira Banda, fuminho no bumbo, seu filho na caixinha Ailton no prato, o Henrique Mota no baixo tuba, eu, o Valter, o Roberto e o Celso Mazoni – trombone, instrumentos de calibre grave, Nico – piston, José Marega – sax, e outros não me recorde nome, beleza, embora sem maestro contavam com a experiência de cada elemento, o sonho do nosso grande amigo Dijair estava realizado, a Banda estava formada começamos os ensaios, o melhor sem nenhuma despesa para o município, os músicos tinham seus próprios instrumentos. Fizemos apresentações em diversas oportunidades.
Tocavam, com muito sucesso no campo de futebol, quando havia jogos, nas procissões, músicas fúnebres, músicas sacras nas Matrizes, nos desfiles de aniversários da cidade, quermesses, quando recepção de autoridades, nas festas juninas, nos distritos, nas belas madrugadas frias ao romper da Aurora fazendo alvorada, no correto da Praça, por falta de energia usava lampião de gás, em uma dessas apresentações esquecemos o mesmo aceso pendurado em uma árvore o dia todo, cujas melodias encantavam os corações dos que ouviam os pais com seus filhos no colo sorriam acenando as mãos. Quanta alegria.
A Banda apresentava com seu rico repertório, sem visar lucros, medalhas ou títulos, porém, sem uniforme, jamais recebeu apoio do poder público. Que pena!
Tivemos a Banda dos Marianos da qual participei dirigida pelo músico Luiz Lovato, Banda da Igreja Assembleia de Deus, dirigida pelo maestro Valdemar Vieira do Nascimento, cujas apresentações eram realizadas no coreto da praça, por último a Banda Danuza Mota, que foi criada depois de muita insistência de minha parte junto ao prefeito e vereadores da época, onde procurei na cidade Presidente Prudente cópia de Estatuto e lei que regulamenta seu funcionamento facilitando assim aprovação da Câmara Municipal, a mesa está em atividade sob a batuta do competente maestro Edival Vieira do Nascimento, com 40 componentes, conquistou cinco títulos de campeã, sendo: três estadual e dois de âmbito federal. O número de músicos variou, naturalmente, no decurso de sua existência.
Foi integrado entre outras pessoas, Lourival Leite de Oliveira (GB) na caixinha, Dinho no surdo, Antonio Leite de Oliveira, Sax, Prof. Luiz – piston, os clarinetistas José funcionário de estabelecimento de crédito, Mario Françoso, José Amorim – piston.
Com esse artigo, penso eu, procuro enriquecer o passado histórico preservando a cultura para que tenhamos um bom e bem preparado futuro cheio de bons exemplos e prosperidade, nossa querida Dracena que merece uma vez que agindo assim nossa memória estará resguardada e melhor que isso, será levada a várias gerações, pois um povo feliz é aquele que valoriza e conhece sua história. Esta bela querida cidade a mais de 60 anos me acolheu de braços abertos, onde vivo com muita dignidade, sempre alegre cercado de amigos, tive a felicidade de constituir minha mui digna família.
Desta feita por iniciativa e indicação do grande amigo Gustavo Piveta, competente advogado, com apoio dos vereadores, adotaram-me como filho da terra, outorgando-me honroso Título de Cidadão Dracenense. Ainda fui homenageado pela jornalista Bianca Mizael, com um livro que narra minha história em Dracena. Quanta felicidade!

*Músico e juiz de paz.