As chuvas dos últimos meses nas regiões produtoras do arroz e feijão, principalmente nos estados do Sul atrapalharam a safra dos dois principais produtos da mesa do brasileiro e o reflexo é a diminuição na oferta que faz os preços subirem para o atacadistas e também aos consumidores.
O arroz em casca atingiu na sexta-feira, 25, de janeiro, no Rio Grande do Sul (RS), um dos principais estados produtores, R$ 42.04, a saca de 50 quilos. A alta está diretamente ligada à questão climática. As chuvas danificaram a plantação no RS e também no Paraná.
“O arroz precisa da chuva, mas também do sol e a falta da luminosidade prejudica a produção”, informa o proprietário de uma das arrozeiras de Dracena, Durval Troyano.
A colheita vem sendo afetada, conforme o comerciante, principalmentenas margens de rios (áreas ribeirinhas), onde os maquinários não conseguem entrar para fazer a colheita.
Ele cita como exemplo, uma área de um alqueire, onde se pode produzir até 300 sacas de arroz, com as últimas chuvas, caiu pelo menos para 230 sacas. “Com isso, o produtor que possui um estoque de safras anteriores, já está puxando o preço para cima”, enfatiza Troyano.
Sobre o mercado ele explica que as marcas líderes do País, aumentaram o preço do arroz em pelo menos 10%, mas nas marcas regionais, como é o caso da arrozeira, o preço de produção teve acréscimo de 3% a 4%, mas esclarece que esse percentual a empresa absorveu e não está sendo repassado ao consumidor.
FEIJÃO – No caso do feijão, de acordo com Jefferson Pessoa, proprietário de uma empresa do ramo, em Dracena, os efeitos das chuvas também são imediatos em relação aos preços.
“As chuvas prejudicaram não só a quantidade, como a qualidade no feijão na lavoura”, informa. Pessoa explica que o feijão tem um ciclo de colheita durante o ano todo que se concentra a maior parte entre os meses de janeiro a abril.
Jefferson Pessoa informa ainda que hoje o preço do feijão adquirido dos centros produtores está 30% a 40% mais caro do que no ano passado. Aumento que reflete no aumento do preço ao consumidor.