Em entrevista à Jovem Pan, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin fala que a segurança estará garantida nas manifestações do dia 13/03: “Todas as medidas estão sendo tomadas. Havia uma solicitação para ter outra manifestação no sentido contrário e nós dissemos que no mesmo local não pode. Esse pleito a favor do impeachment, contra a corrupção, já estava agendado há mais de um mês. (…) É direito constitucional a liberdade de manifestação, de expressão, e é dever do poder público garantir a tranquilidade à manifestação da população”.

Com as investigações da Polícia Federal em relação ao ex-presidente Lula, Alckmin comenta: “O Lula não devia usar subterfúgios para fugir da Justiça, temos que dar o exemplo. As instituições cumprem seu papel e todos são iguais perante a lei. Quem foi presidente, governador, prefeito tem até mais responsabilidade, dever que o cidadão comum, porque conhece a lei”.

Sobre o anúncio do fim da crise hídrica, o governador garante que a pressão já foi regularizada em todos os lugares e que com as novas obras é esperado que nenhuma outra crise ocorra: “Quando nós dissemos que passou o estresse hídrico, a chamada crise, é porque nós regularizamos a pressão. A válvula reguladora de pressão voltou ao nível normal anterior a crise. Tínhamos nessa mesma época, dia 08/03, praticamente 6% nos reservatórios de São Paulo. Hoje já passamos de 40%. (…) Ano que vem entra em operação o novo sistema de água que é do São Lourenço. Estamos trazendo 6,4 m³/s do rio São Lourenço, água nova para São Paulo, o que equivale a mais de 2 milhões de pessoas. Também ano que vem, a ligação do Paraíba com o Cantareira, que pode chegar a 8m³/s além do rio Itapanhaú. (…) Ficaremos com um sistema bastante robusto e preparado para essas mudanças climáticas, quando tem seca tem muita seca, e quando chove também é de maneira intensa”.

 

Alckmin também elogia e agradece a população que manteve o consumo moderado de água: “A população não aumentou o consumo, manteve a cultura de não desperdiçar. (…) São pequenos atos que foram incorporados evitando o desperdício e trazendo o uso racional da água”. Sobre a questão do ônus e bônus do consumo, que premia a redução e sobretaxa o consumo acima da média, o governador falou que quem encerrará as cobranças será a Arsesp, que é a agência reguladora.

 

O governador afirmou que deve ir à Brasília nesta terça-feira (08/03) para discutir sobre as dívidas do estado e o novo indexador. Ele explica a dimensão e o absurdo dos juros cobrados pelo governo federal: “O governador Mário Covas em 1997 renegociou com o governo federal R$ 46,5 bilhões (…) e deu o Banespa, o Ceagesp, a Fepasa, a Comgás , a CPFL, a Eletropaulo, a CESP distribuição, pagamos em dinheiro R$ 145 bilhões e devemos R$ 220 bilhões. Esse é o Brasil, país de rentistas”.