A presidente Dilma Rousseff voltou a defender nesta quarta-feira (9), em cerimônia no Palácio do Planalto, os ajustes fiscais promovidos pelo governo federal para tentar reequilibrar a economia. Segundo ela, o Executivo não faz ajustes para “cortar o futuro do país” ou para “acabar com programas fundamentais, e sim para preservar o futuro do Brasil.

Dilma participou na manhã desta quarta de solenidade na qual o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou que o governo vai ofertar neste ano 2 milhões de vagas no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O número é maior do que oferecido no ano passado, quando foram disponibilizadas 1,3 milhão de matrículas.

“Tenho certeza que avançamos nos nossos objetivos. Reafirmo aqui que mesmo no momento de crise, de dificuldade pelo qual passamos, é importante entender porque fazemos ajustes. Não fazemos ajustes para cortar o futuro do país, nós não fazemos ajustes para acabar com programas fundamentais. Fazemos ajustes para preservar aquilo que nós precisamos preservar porque constitui o caminho do futuro”, declarou a presidente no evento.

Pronatec é um programa voltado para a capacitação profissional técnica de jovens e adultos. Foi criado em 2011, no primeiro mandato da presidente Dilma, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos, com a meta de criar 8 milhões de vagas até o fim de 2014.

Em junho de 2014, o governo anunciou uma nova fase do programa, com a meta de gerar mais 12 milhões de matrículas até 2018. No entanto, no ano passado, o Pronatec enfrentou dificuldades financeiras e alguns professores tiveram seus salários atrasados.

Em outro trecho de seu discurso, Dilma disse que o investimento em educação técnica é “importante” para o país ultrapassar o momento de crise e voltar a crescer. “Quando voltar a crescer, com melhor qualidade e maior capacidade de inovação”, enfatizou.

Segundo o Ministério da Educação, do total de vagas anunciadas nesta quarta para o Pronatec, aproximadamente 1,6 milhão serão em cursos de qualificação profissional, de curta duração (até dois meses), enquanto as outras cerca de 400 mil serão disponibilizadas em cursos técnicos, de duração maior (dois a três anos).