O apostador que ganhou R$ 17 milhões na Mega Sena sorteadano dia 4 de fevereiro não tinha se apresentado para sacar a bolada da aposta, feita em uma lotérica de Jundiaí, no interior de São Paulo, até a tarde desta terça-feira, 1º. Na cidade, a ausência do felizardo quase um mês depois do sorteio causa expectativa.

“Muita gente acha que ele esqueceu de conferir o bilhete, mas há quem diga que ele só vem no último dia do prazo”, conta a comerciante Célia Regina Sonoda, dona da lotérica Jundiaí da Sorte, onde foi feita a aposta.

O sorteado tem 90 dias corridos para reclamar o prêmio, segundo o regulamento da Caixa Econômica Federal, administradora da loteria. O problema é que, enquanto não fizer isso, o dinheiro não rende juros ou correção monetária.

PERDAS
“Ele já perdeu pelo menos R$ 80 mil”, diz Célia Regina, considerando a perda do valor do dinheiro para a inflação e o que deixou de ganhar se tivesse aplicado na poupança, o rendimento mais básico. Já se tivesse feito uma aplicação mais ousada no mercado financeiro, o apostador teria acrescido pelo menos R$ 150 mil à sua fortuna, segundo ela.

Para a dona da lotérica, localizada na região do Agapeama, zona sul da cidade, o bilhete premiado já deu lucro. Desde que a Mega Sena saiu para uma aposta feita ali, o movimento praticamente dobrou. “Vem gente de longe para apostar aqui.”

SORTE
Célia Regina diz que, há quatro anos, um apostador da Lotofácil ganhou R$ 300 mil. Ela também se considera pé quente. “Quando eu tinha lotérica em São Paulo, também houve um ganhador de R$ 1,5 milhão.”

A cidade também ganha fama pela sorte. Em 2010, um apostador levou R$ 18 milhões. Em fevereiro do ano passado, foi de Jundiaí a aposta que rendeu mais de R$ 29 milhões a um sortudo.