O maestro da banda marcial de Adamantina e também regente da Orquestra Popular de Música Caipira, Valter Negrini, anunciou em uma rede social e confirmou ao Jornal Regional que, deixou a função de regente da Orquestra na última segunda-feira, 7, após a Câmara Municipal rejeitar o projeto de lei que daria a Negrini remuneração pelo trabalho desempenhado.
A Câmara de Vereadores votou na segunda-feira o projeto de lei do Executivo que criava o departamento musical e que na prática aumentaria a referência salarial do maestro para que ele administrasse as duas funções (Banda Marcial e Orquestra Popular de Música Caipira). Os vereadores rejeitaram por sete votos o projeto e um a favor, do vereador Luiz Carlos Galvão.
Ouvido, o vereador explica que votou favorável ao projeto e argumenta que: “a eventual extinção da nossa Orquestra de Viola Caipira significaria um crime cultural irreparável contra a melhor da nossa música raiz apadrinhada por Renato Teixeira e Almir Sater, e a cultural brasileira”, opinou.
Procurado pela reportagem, o maestro disse que permanece a frente da Banda Marcial, mas que decidiu deixar a regência da Orquestra após a rejeição do projeto pela Câmara.
Segundo ele, a ideia da Prefeitura foi de montar a orquestra e iniciar um projeto experimental por três meses. Depois do sucesso, a iniciativa se efetivou e então começaram as promessas salariais ao maestro que passou a desempenhar duas funções, mas receber por apenas uma delas. “Eu estive a frente da orquestra por dois anos e agora deixarei a minha função”, disse.
A reportagem tentou entrar em contato com o diretor de Cultura, Rafael Teixeira para saber sobre o futuro da Orquestra, mas não obteve êxito em encontrá-lo.