Todos os anos, com a chegada do outono, enfrentamos oscilações de temperatura e baixa umidade relativa do ar. O ar mais seco aumenta a concentração de poluentes na atmosfera e, as baixas temperaturas e poluição do ar aumentam os riscos de doenças respiratórias e cardiovasculares. As alterações climáticas desta estação nos predispõem a diversas doenças respiratórias como resfriado, gripe, crise de asma, bronquite, sinusite e pneumonia. Os principais vilões são os vírus respiratórios que causam o resfriado e a gripe, sendo transmissíveis por gotículas respiratórias.
O HCor – Hospital do Coração, em São Paulo, registra um aumento de 30 a 40% no atendimento a pacientes com doenças respiratórias e cardiovasculares durante o outono/inverno e as crianças e os idosos são os mais suscetíveis. Os ambientes fechados são propícios para a disseminação destes vírus, pois as gotículas respiratórias também contaminam o ambiente. Por isso, é importante manter ambientes ventilados e lavar as mãos com frequência.
“As bactérias causadoras da pneumonia e da sinusite muitas vezes se aproveitam da queda da imunidade e das defesas do organismo ocasionadas pelas infecções virais. Portanto, devemos ficar atentos quando um simples resfriado permanece por muito tempo e se associa a febre mais alta e cansaço”, esclarece o pneumologista do Centro de Medicina do Sono HCor, dr. Pedro Genta.
Segundo o pneumologista do HCor, para os que já sofrem de doenças respiratórias crônicas como enfisema, asma, bronquite crônica ou doenças cardiovasculares como insuficiência cardíaca, arritmias e insuficiência coronariana, é importante enfrentar o frio com a saúde em dia.