Um taxista de 77 anos, morador de Dracena e que foi assaltado no final da tarde de segunda-feira, 21, em uma estrada de terra a quase dois quilômetros da rodovia Júlio Budiski (SP-501), perto de Irapuru, ficou sem R$ 210 em dinheiro e ainda teve um hematoma do lado direito do peito provocado por um canivete lançado pelo bandido que fugiu tomando rumo ignorado.
O taxista disse que foi contratado por telefone pelo desconhecido que estava bem trajado para fazer uma corrida até Junqueirópolis. Ele conta que pegou o suposto passageiro na esquina da rua Antônio Martins.
O taxista trabalha há quase 30 anos nesta profissão e está vendendo o carro. Inclusive colocou a placa de vende-se com o número do telefone no vidro traseiro.
Afirmou que antes de chegar a Junqueirópolis o assaltante ressaltou que sua mãe, moradora de Irapuru, “estava doida para comprá-lo, pois tinha R$ 180 mil depositado no banco”.
Segundo a vítima, o bandido chegou a ligar para uma pessoa dizendo que era sua mãe e ela pediu que levasse o carro para a mesma ver. “Ele me levou até Irapuru e pediu que entrasse na entrada de uma chacrinha e ao entrar na estradinha com mato alto, quando foi abrir a porteira arrancou um canivete, falou que era um assalto, iria me furar e pediu o documento, a chave do carro, aliança, relógio. Queria tudo”, relatou.
Prossegue a vítima dizendo que lutou e segurou o braço do bandido que portava o canivete e ele não conseguiu fazer nada. “Era eu de um lado e ele do outro e ainda me tacou o canivete que provocou uma mancha no peito e me deu um soco na mão que também causou uma mancha roxa. Nem sei como tive tanta força e com a minha mão direita segurei a mão direita dele que segurava um canivete aberto”, afirmou.
Ainda segundo o taxista, o autor bateu a mão na chave do carro para tomar e pegar. “Consegui bater a minha mão na mão dele com força e segurei firme, derrubei a chave, a peguei e coloquei no meu bolso. Ele saiu para fora do carro e ficou andando para lá e para cá e ainda ameaçava quebrar o para-brisa do meu carro. Fui obrigado a dar o dinheiro que eu tinha, pouco mais de R$ 200. Ele saiu correndo e atravessou a pista e a cerca e se embrenhou no cafezal e foi embora”.
Segundo o taxista: “Deus me deu a força para segurar o seu braço, mas estou aqui em minha casa, dessa eu escapei”, contou. Após o assaltante ir embora, o taxista foi até à estrada e erguendo os braços abertos entrou no meio da pista, pediu socorro sendo ajudado por carreteiros que lá passavam e pararam.
Segundo a vítima, o assaltante é um rapaz que aparenta ter entre 25 a 30 anos, meio magro, alto, de cabelo curto, branco que vestia camiseta fechada, calça jeans e tênis. O subtenente Lyrio da Polícia Militar de Irapuru, disse ontem, 22, que apesar do patrulhamento feito nas imediações o assaltante não foi localizado.