Desde 2003 a OIT (Organização Internacional do Trabalho) adota o dia 28 de abril como o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.
Porque o dia 28 de abril. Em 28 de abril de 1969, a explosão de uma mina nos Estados Unidos matou 78 trabalhadores. A tragédia marcou a data como o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes do Trabalho. Encampando essa luta, mas com foco na prevenção, a Organização Internacional do Trabalho instituiu em 2003, o 28 de abril como o Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho.
No Brasil, em maio de 2005, foi promulgada a Lei nº 11.121, criando o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.
Segundo dados da OIT, divulgados em 2013, 2 milhões de pessoas morrem por ano por conta de doenças ocupacionais no mundo. Já o número de acidentes de trabalho fatais ao ano chegam a 321 mil. Neste panorama, a cada 15 segundos, um trabalhador morre por conta de uma doença relacionada ao trabalho.
Os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) colocam o Brasil como 4º colocado no ranking mundial de acidentes fatais de trabalho. No Brasil, são quase 4 mil mortes anualmente em decorrência de acidentes de trabalho. O ranking nacional de acidentes de trabalho é liderado pelo Estado de São Paulo (254.208), Minas Gerais (77.252) e Rio Grande do Sul (59.627) Paraná (52.132) e Rio de Janeiro (51.036). Somente a região Sul é responsável por 158.113 acidentes, o equivalente a aproximadamente 22% do total nacional. Os acidentes atingem todas as idades em vários níveis de incidência. As maiores estão entre 20 e 34 anos. A relação entre gêneros mostra que a incidência é maior no gênero masculino (494.746) do que no feminino (223.152), embora este também seja um número bastante expressivo.
Adoecimento gera riscos no ambiente de trabalho. Nos últimos anos vem aumentando significativamente a ocorrência de doenças do trabalho, onde se destaca os adoecimentos mentais entre os trabalhadores das mais diversas atividades econômicas. Essa situação se dá em razão da exigência cada vez maior por ganhos de produtividade. Os mecanismos utilizados pelas empresas para cobrança de metas e outras formas de controle da produção caracterizam-se, normalmente, como prática de assédio moral e violência organizacional, produzindo grande sofrimento mental levando frequentemente a quadros de incapacidade para o trabalho.
O Brasil gasta bilhões em recursos públicos com assistência médica, benefícios por incapacidade temporária ou permanente e pensões por morte de trabalhadores vítimas das más condições de trabalho. Além disso, tais acidentes e adoecimentos afetam a vida dos trabalhadores não apenas do ponto de vista econômico, mas também social e profissionalmente. (Fonte: RENAST Online)

*Texto enviado pela Secretaria Municipal de Saúde e Higiene Pública de Dracena.