A Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Adamantina pode não entrar em funcionamento. Pelo menos esse é o pensamento do prefeito Dr. Pacheco, conforme reportagem publicada ontem, 16, no jornal Folha Regional, com informações de uma entrevista dada pelo prefeito, na semana passada às emissoras de rádio do Grupo Jóia. “Por mim a UPA não vai funcionar. Só se tiver outro maluco para assinar o convênio”, disse.
Segundo o prefeito, haveria uma despesa de custeio mensal em torno de R$ 300 mil, para colocar a estrutura em funcionamento. A medida sinalizaria pelo fim do pronto-socorro municipal, mantido com recursos da Prefeitura e administrado pela Santa Casa, concentrando os atendimentos na UPA.
Desse montante de R$ 300 mil, praticamente a metade estaria assegurada, transferindo sua utilização do pronto-socorro da Santa Casa para a UPA, porém seria insuficiente para o custeio integral. “Não vou colocar para funcionar porque terei que fazer contrato com funcionários de diversas áreas e não teremos condições financeiras de arcar com isso”, disse o prefeito na entrevista.
O prédio da UPA está em construção desde 2011. Desde então, uma sucessão de entraves burocráticos e falhas na obra dificultam sua finalização. A obra foi orçada, à época, em R$ 1.076.250,12. A data prevista para a entrega da obra era janeiro de 2012.
NOVA FINALIDADE – Muitos municípios brasileiros estão vivendo o mesmo drama, em relação às UPAs, que foram construídas com recursos do governo federal e não há suporte, da mesma esfera governamental, para o custeio dessas unidades.
Em diversas cidades, os prefeitos têm buscado junto ao Ministério da Saúde dar nova finalidade a essas instalações, que poderiam ser ocupadas por unidades básicas de saúde, centro de especialidades odontológicas, Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, entre outras finalidades, na área de saúde.