Com a taxa de desemprego no País estimada em 10,9% no primeiro trimestre deste ano, equivalente a 11,1 milhões de trabalhadores, cresce o número de entradas no seguro-desemprego, direito assegurado a quem teve registro em carteira, demitido sem justa causa e tenha trabalhado o mínimo de 12 meses, nos últimos 18 meses.
O setor do comércio, um dos mais atingidos pela crise econômica no Brasil, registra alto índice de demissões. Segundo o Sindicato dos Empregados do Comércio de Dracena e região, que abrange de Panorama a Pacaembu, nos primeiros três meses deste ano, o número de demissões aumentou em até 30%, comparado ao mesmo período do ano passado.
A taxa normal, de acordo com o presidente do Sindicato, Sérgio Manoel, era de aproximadamente 15% de demissões no setor nos primeiros meses do ano. “O aumento nos desligamentos é consequência da crise financeira, começou em 2014, teve aumento em 2015 e acentuou no começo deste ano”, informa o presidente.
Segundo Manoel, a maioria dos funcionários desligados, mais de 90% têm direito ao seguro-desemprego. O comércio nas cidades vinculadas ao Sindicato, ainda conforme o presidente, possui cerca de 4,2 mil funcionários, a maior parte, aproximadamente 2,5 mil, em Dracena.
Manoel informa também que desde o mês passado, as demissões começaram a reduzir e a tendência é de estabilizar nos próximos meses, chegando ao mesmo índice anterior (15%).
IBGE – O índice da elevação no número de desempregados no País no primeiro trimestre, passando de 11 milhões, foi divulgado quinta-feira, 19, pelo IBGE e fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad contínua).
QUEM TEM DIREITO – Trabalhador formal e doméstico, em virtude da dispensa sem justa causa, inclusive dispensa indireta, trabalhador formal com contrato de trabalho suspenso em virtude de participação em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador, pescador profissional durante o período do defeso e o trabalhador resgatado da condição semelhante à de escravo.
O seguro é pago de três a cinco parcelas de forma contínua ou alternada. A parcela mínima é de R$ 800 e a máxima, R$ 1.543,00.
CEF – A reportagem entrou em contato esta semana, com a superintendência da Caixa Econômica Federal (CEF) de Presidente Prudente, para obter o número de entradas no seguro-desemprego neste ano na região, mas a assessoria da CEF informou que teria que obter o levantamento na matriz em Brasília (DF).