Tendo em vista o sonho de possuir o próprio negócio e a necessidade do empresário ter uma visão empreendedora, surge uma questão pertinente. “Por que as empresas fracassam?”. A resposta não é trivial, mas esboçamos aqui uma percepção. Mais que isso, respondendo esta pergunta você entenderá melhor a importância de pessoas, de processos e produtos para sua empresa. Se você quer empreender ou já tem o próprio negócio, este texto é pra você!
Segundo o monitoramento do Sebrae-SP, 27 em 100 empresas paulistas fecham no 1º ano e 58% fecham até o 5º ano, ou seja, menos da metade sobrevive. É um número muito expressivo. Nem você e nem eu queremos fracassar, por isso pare por um minuto e responda a si mesmo: “Por que, então, as empresas fracassam?”. Sem pressa, temos tempo. Pense, qual seria o principal motivo alegado pelos empreendedores. A resposta campeã, em geral, é “Falta de cliente”.
Se você acertou, parabéns! Mas não é exatamente isso. Na verdade, o termo correto, segundo a pesquisa, é “Falta de Planejamento”. Eu chamo de: “Síndrome do Sabe Tudo”. Não falta cliente para quem planejou. Sem dúvida, este é o principal motivo pelo qual as empresas não têm sucesso ou vivem em dificuldade. É cultural achar que sabe de todas as coisas e que passar sua excelente ideia para o papel é só um detalhe. Não basta ter a ideia, produzir e vender! Desprezar o planejamento é desprezar o próprio produto. Qual lado da estatística de mortalidade das empresas você quer estar?
Vamos começar com o 1º passo: Plano de negócio. Este processo é o início para abrir o negócio. Basicamente, você responde algumas perguntas como: O que é a empresa? O que é seu produto? Quanto custa para produzir? Para quem e como vai vender? Que meio divulgar? Quem são os concorrentes? Como agem? Quais preços praticam? Qual seu diferencial? Quais seriam os pontos fortes e fracos? Como solucionar os pontos fracos? Quais riscos? Como resolvê-los?
Avalie tudo e seja realista. Há muito mais a ser respondido, entretanto as poucas linhas me permitem apenas indicar o caminho. Seguir ou não vai depender de quanto você acredita e ama sua (futura) empresa.
*Coordenador da Área de Pequenos Negócios do Núcleo de Conjuntura, Finanças e Empreendedorismo da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara.