Ontem, 14, à tarde por telefone, a delegada Luciana Nunes Falcão Mendes, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Dracena, informou novos detalhes ao Jornal Regional, sobre o caso do bebê recém-nascido encontrado morto dentro de uma mala, em Dracena, no último domingo, 12.
O fato inicialmente apurado como infanticídio, resultou na prisão de uma universitária de 23 anos, mãe do bebê. Ela é acusada de ter provocado a morte da criança por asfixia mecânica.
A Polícia Civil divulgou que as primeiras investigações feitas por policiais do Plantão Central, DDM e GOE de Dracena, foram baseadas nas informações de que teria ocorrido um suposto crime de aborto praticado pela universitária, moradora de Adamantina, mas depois foi comprovado o crime de homicídio, conforme resultado do laudo necroscópico que atestou que o bebê do sexo feminino nasceu com vida e depois morreu por asfixia mecânica.
A Polícia Civil foi acionada pelo médico do PAM para registrar a ocorrência tendo em vista, que a universitária deu entrada na unidade, com quadro clínico suspeito de aborto.
A delegada Luciana disse que mulher é de Ivinhema, MS, está atualmente desempregada e estudou Fisioterapia até o ano passado, em Adamantina, mas trancou a faculdade.
Ela teria dito à Polícia, que ficou grávida de um rapaz que mora na região e que a ação criminosa aconteceu entre a noite da última quinta-feira, 9, e a madrugada de sexta-feira, 10, em Adamantina.
Ela disse ainda que escondeu a gravidez da família, dos amigos, e achou que após ter entrado em trabalho de parto, o bebê teria nascido morto, por isso, o enrolou em uma toalha que pegou no banheiro da residência de uma amiga na cidade de Adamantina e com medo de tudo colocou o bebê na mala. Disse ainda que ficou nervosa e, por isso, não sabia o que iria fazer com aquela mala com o corpo do bebê.
Segundo a delegada, a universitária disse ainda que uma amiga dela de Dracena foi buscá-la em Adamantina e a trouxe para Dracena.
Na sexta-feira à noite foi levada para o PAM alegando estar com sangramento e o médico acreditou e receitou medicamento.
De acordo com a delegada, a universitária chorava muito e estava no oitavo mês de gravidez. “A criança nasceu com vida e depois morreu por asfixia e foi colocada na mala. O bebê pesou 2,700 quilos”.
A delegada Luciana disse que o caso agora será investigado pela Polícia Civil de Adamantina, para onde os procedimentos adotados foram encaminhados. Explicou que a sequência das investigações visam esclarecer se a mãe matou a criança durante ou logo após o parto sob estado puerperal.
A universitária que se encontrava internada deixou a Santa Casa de Dracena na tarde de segunda-feira, sendo recolhida a cadeia de Dracena de onde ontem de manhã foi transferida para a Penitenciária de Tupi Paulista.