O volume de vendas do varejo da região de Presidente Prudente caiu 5,3% no primeiro trimestre de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado. Já o faturamento aumentou 3,8% na mesma base de comparação. É o que aponta o Boletim n.º 23 do ACVarejo, levantamento mensal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), elaborado a partir de informações fornecidas pela Secretaria da Fazenda do Estado.
Ao se analisar apenas o mês de março, as vendas na região recuaram 8,2% e o faturamento subiu 1,1%, em relação a março do ano passado.
Os dados se referem ao varejo ampliado, que incluem automóveis e materiais de construção. Compreendem os seguintes municípios: Adamantina; Alfredo Marcondes; Álvares Machado; Anhumas; Caiabu; Caiuá; Dracena; Emilianópolis; Estrela do Norte; Euclides da Cunha Paulista; Flora Rica; Flórida Paulista; Iepê; Indiana; Inúbia Paulista; Irapuru; João Ramalho; Junqueirópolis; Lucélia; Marabá Paulista; Mariápolis; Martinópolis; Mirante do Paranapanema; Monte Castelo; Nantes; Narandiba; Nova Guataporanga; Osvaldo Cruz; Ouro Verde; Pacaembu; Panorama; Parapuã; Paulicéia; Piquerobi; Pirapozinho; Pracinha; Presidente Bernardes; Presidente Epitácio; Presidente Prudente; Presidente Venceslau; Rancharia; Regente Feijó; Ribeirão dos Índios; Rinópolis; Rosana; Sagres; Salmourão; Sandovalina; Santa Mercedes; Santo Anastácio; Santo Expedito; São João do Pau D’Alho; Taciba; Tarabai; Teodoro Sampaio e Tupi Paulista.
Para efeito de comparação, no primeiro trimestre o varejo ampliado do Estado de São Paulo registrou diminuições de 9,3% e de 0,6% nas vendas e no faturamento, respectivamente. Em março, as diminuições foram de 13,5% nas vendas e de 4,2% no faturamento, na comparação anual.
Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), comenta o cenário. “A crise do varejo se estende pelo País e decorre da diminuição da renda, do avanço do desemprego e da contração do crédito, deixando o consumidor mais inseguro e pessimista, sem disposição para comprar. E o Estado de São Paulo sente mais porque é mais afetado pelas reduções da atividade econômica e do emprego advindas do setor industrial”, frisa.
“O foco é a confiança: precisamos recuperá-la de qualquer maneira. Há uma perspectiva positiva em relação à nova equipe econômica. Acreditamos que, até o final do ano, de forma gradual, o comércio pare de cair e comece a sinalizar uma recuperação, que só deverá vir, de fato, no ano que vem”, opina o presidente da ACSP.
REGIÕES E SETORES – O ACVarejo revela que todas as regiões do Estado apresentaram resultados negativos nas vendas no primeiro trimestre frente ao mesmo período de 2015. As quedas mais acentuadas ocorreram nas seguintes regiões: Metropolitana Oeste (-15,5%), Campinas (-10,5%) e Litoral (-10%). Já os menores recuos foram registrados no Vale do Paraíba (-3,3%) e na região de Araçatuba (-3,7%).
Todos os setores do varejo paulista também ficaram no vermelho no primeiro trimestre, com destaques para concessionárias de veículos (-19,7%) e lojas de departamento/ eletrodomésticos/eletroeletrônicos (-19,4%). Vinculados à demanda de produtos mais essenciais, os segmentos de farmácias/perfumarias (-2,3%) e supermercados (-2,8%) apresentaram as menores contrações.