O abate de bovinos na região vem caindo nos últimos meses. Dados do Escritório da Defesa Agropecuária (EDA), de Dracena apontam que entre os meses de maio e junho, a queda foi de pelo menos 500 cabeças de gado abatidas e disponibilizadas para o comércio em açougues e supermercados.
A redução no abate de gado sob inspeção sanitária neste ano está ocorrendo em todo o País, conforme indica pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o órgão, nos primeiros três meses de 2016, foram abatidos 7,3 milhões de bovinos, representando queda de 5,2% em relação ao trimestre anterior e de 5,8% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
De acordo com o EDA, em maio na região, foram abatidas 5,6 mil cabeças de gado, número acima de junho, que até o último dia 28, terça-feira, registrou 5,1 mil cabeças. Diferença de 500 cabeças de um mês para outro nos 16 municípios de abrangência da Defesa Agropecuária.
Conforme o médico-veterinário do EDA, Marcelo Yoshida, é possível constatar a redução do rebanho de corte e leite na região, durante as campanhas de vacinação contra a febre aftosa, que é realizada duas vezes ao ano.
A alta nos preços dos insumos, como o sal mineral, que é um dos suplementos alimentares mais usados na pecuária, principalmente no inverno, é apontada por especialistas como um dos fatores. De acordo com informações em uma empresa do setor de Dracena, o preço do sal mineral de boa qualidade subiu de 15% a 20% nos últimos meses.
Já a arroba do boi gordo está sendo negociada em Araçatuba a R$ 175 à vista e a R$ 159 para 30 dias.
PLANTEL – Apesar da queda no abate, o rebanho do gado de corte na região, vem se mantendo estável nos últimos anos na região.
De acordo com a Coordenadoria de Assistência Técnica e Integral (Cati) de Dracena, o rebanho de gado de corte no recente levantamento realizado nos 16 municípios de abrangência do órgão, é de 187.200 cabeças, enquanto o de gado misto (leite e corte) é de 123.853 cabeças.
Em 2015, o plantel do gado de corte, era menor, 180.985 cabeças de corte e 128.894 mistos.
Conforme o diretor da Cati, engenheiro agrônomo Luiz Alberto Pelozo, houve sim, redução no rebanho nos últimos seis a sete anos, devido o avanço da cana-de-açúcar.
Em 2007, a pecuária na região possuía 204.140 cabeças para corte e 173.888 mistos. Em 2012, período de transição das culturas, o rebanho de corte era estimado em 210.991 cabeças e 117.979 mistos.