O grupo terrorista Estado Islâmico divulgou nesse domingo (31) um vídeo de cerca de nove minutos, em que ameaça fazer ataques na Rússia. A autenticidade das imagens não foi confirmada.
“Escute, Putin. Nós vamos para a Rússia e vamos matar todos vocês em suas casas. Oh, irmãos. Conduzam a jihad [guerra santa] e matem-os e combatam-os”, diz um jihadista com o rosto coberto.
O link do vídeo está circulando em grupos pró-Estado Islâmico, na rede de conversas Telegram. Além da fala, as imagens mostram homens armados atacando veículos blindados e tendas no deserto.
Segundo o texto mostrado no vídeo, a ação teria ocorrido em Akashat, na província iraquiana de Ambar. Em entrevista nesta segunda-feira (1º), o governo de Moscou diminuiu a relevância da ameaça. “Provavelmente, não devemos exagerar na importância dessas filmagens. Certamente, visto que a luta se amplia e eles estão encurralados, os terroristas usaram a tática da intimidação”, disse o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov.
Ainda de acordo com o representante, “ameaças” como essas imagens “não podem influenciar, de maneira alguma, a linha seguida pela Rússia e pelo presidente [Vladimir] Putin na luta contra o terrorismo, que continua em todas as direções”.
Recentemente, a Rússia e os Estados Unidos – que lutam contra o Estado Islâmico, mas de maneira separada – começaram as conversas para atingir maior nível de cooperação nos ataques às bases tanto dos extremistas do grupo quanto contra outras organizações consideradas terroristas que atuam na área.
Helicóptero abatido
O ministério russo da Defesa confirmou hoje que um helicóptero MI-8 foi abatido na província de Idlib, na Síria. A informação foi confirmada ao jornal Russia Today. Apesar de confirmar o incidente, o órgão afirmou que não sabe o que ocorreu com as cinco pessoas que estavam a bordo da aeronave: três tripulantes e dois oficiais do Centro de Reconciliação da Rússia na Síria.
“No dia 1º de agosto, um helicóptero de transporte russo MI-8 foi abatido com fogo proveniente da terra, enquanto dirigia-se à base de Hmeymim após ter fornecido ajuda humanitária à cidade de Aleppo. Todos os recursos disponíveis estão sendo empregados para descobrir o que ocorreu com os militares russos”, diz em nota o ministério.