A Polícia Civil prendeu nove integrantes da quadrilha que tentou assaltar uma empresa de transporte de valores na madrugada desta quarta-feira (17), em Santo André, na Grande São Paulo. O secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, cumprimentou os policiais responsáveis pelas detenções, ocorridas ainda na noite de ontem (17).
“Foi uma ação de inteligência e de extrema eficiência”, disse o secretário durante entrevista coletiva ao lado do delegado-geral da Polícia Civil, Youssef Abou Chahin, e dos diretores do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) e Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Ruy Ferraz Fontes e Emygdio Machado Neto, respectivamente.
As prisões são resultado de ações do Denarc, que deteve sete envolvidos, e do Deic, que prendeu dois.
Além das detenções, também foram apreendidos pelas equipes 25 fuzis – dois .50 -, cerca de 10 pistolas, mais de uma dezena de coletes balísticos, diversas munições, granada, explosivo e oito veículos de origem criminosa usados pelo grupo durante a fuga – alguns deles blindados.
“Isso retrata muito bem o que é a nossa Polícia Civil de São Paulo. Isso mostra que nós não vamos deixar, em momento algum, que qualquer tipo de organização criminosa venha atuar em nosso Estado e que venha querer praticar esses crimes sem que tenha uma pronta resposta das nossas polícias”, falou Mágino.
O secretário destacou, ainda, que foram realizadas prisões em todos os crimes cometidos contra empresas transportadoras de valores. Em Campinas, somando as duas ações, 12 pessoas foram detidas e, em Ribeirão Preto, mais seis foram presas. Além disso, houve outras três detenções em Santos.
Mágino ressaltou que há mais pessoas identificadas por participação em todas essas ações e que, segundo ele, serão “com certeza capturadas”. “Com um trabalho de inteligência, de investigação, nós somos capazes de dar uma pronta resposta”, enfatizou o secretário da Segurança.
A ação
O diretor do Denarc, Ruy Ferraz Fontes, explicou que a prisão foi decorrente de uma investigação relacionada ao tráfico de drogas, na qual os policiais descobriram que os traficantes haviam se cruzado com a quadrilha envolvida nos ataques a carros-fortes e bases de transportadoras de valores.
Segundo Fontes, durante monitoramento de um dos criminosos alvo das investigações, as equipes do Denarc souberam que ele havia passado por uma metalúrgica perto da cidade de Suzano, na Grande São Paulo. No local, os policiais colheram informações sobre um sítio em Itapecerica da Serra, onde os criminosos fariam uma reunião.
No sítio, de imediato, os agentes detiveram uma pessoa e apreenderam parte do armamento e veículos. Foi a partir de uma conta de luz, encontrada em um dos carros, que os investigadores descobriram o endereço de uma casa na zona leste da Capital, onde foi encontrado o restante das armas e objetos.
“Vamos continuar o nosso trabalho, em conjunto com o Deic. O objetivo é tirar de circulação quem acha que encontrou o caminho fácil de atacar essas empresas”, disse o diretor do Denarc, explicando que os próximos passos são fazer a comparação entre os fuzis apreendidos com os estojos encontrados nos locais dos ataques e descobrir a origem do armamento apreendido.
O delegado disse que as investigações prosseguem e que, além do crime cometido em Santo André, por enquanto, só é possível afirmar que a quadrilha também tem envolvimento no ataque a um carro-forte em Suzano, na Grande São Paulo.
Outra parte da equipe policial permaneceu no sítio e foi prendendo os criminosos conforme eles iam chegando ao local. Fontes afirmou que um dos detidos possui “linha de comando” na quadrilha e que há outros três líderes já identificados. Os homens, que têm idades entre 20 e 30 anos, foram presos preventivamente. Alguns deles possuem passagem pela polícia.