As vendas no varejo de materiais de construção cresceram 8,5% no País em de julho, comparado com junho, conforme aponta levantamento da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco).
Em Dracena, lojas do setor confirmam a melhora na procura dos produtos no último mês.
“Ainda não há como avaliar a percentagem do aumento, mas está ocorrendo sim uma reação nas vendas”, informa o gerente de uma loja de materiais de construção, Mauro Luis Garcia.
O ligeiro aumento nas vendas deixa o setor otimista. “Estamos confiantes que continue melhorando neste segundo semestre, comparando com o que vinha acontecendo até meses atrás”, acrescenta o gerente.
Ele avalia que tanto empresas da construção civil, como as pessoas físicas aguardam a definição política em Brasília, com a votação do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, para que novos investimentos sejam efetivados.
“Tem outros fatores favoráveis para nos deixar otimistas como a nova linha de financiamentos para construção pela Caixa Econômica Federal (CEF) e a proximidade do final do ano, quando normalmente moradores investem mais na reforma e pintura das residências”, enfatiza Garcia.
O gerente avalia o aumento nas vendas pelo crescimento na procura do produto básico, o cimento. Hoje a saca de 50 quilos é vendida na loja entre R$ 24 a R$ 24,50. “Tem ainda a questão da concorrência uma vez que em cidades da região, a saca passa dos R$ 27”, aponta.
Ainda de acordo com Garcia, a procura aumentou também por produtos de pintura e porcelanato.
NACIONAL – Segundo a Anamaco, o desempenho no comércio de produtos da construção civil em julho foi 4% superior ao registrado no mesmo período de 2015 e equivale ao terceiro mês consecutivo de crescimento do setor em 2016.
“Com os bons resultados apresentados em julho, o setor, que acumula queda de 6% em 2016, deve praticamente zerar esse índice nos próximos dois meses graças ao elevado grau de otimismo demonstrado na pesquisa. Nos últimos 12 meses, estamos com queda acumulada de 4%”, explica o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.
Segundo ele, a expectativa da entidade é que o varejo de material de construção encerre o ano com crescimento de 5% sobre 2015. “Até porque, em mais de 30 anos, 2015 foi o primeiro ano que teve um segundo semestre com desempenho de vendas inferior ao primeiro”, conclui.
No levantamento por categorias, tintas registraram 10% de crescimento no mês, seguida por metais sanitários (4%). Fechaduras e ferragens e revestimentos cerâmicos apresentaram estabilidade no período, já louças sanitárias e telhas de fibrocimento apresentaram retração de 2% 4% respectivamente.