A Fiat reformou mais uma vez o Uno e, desta vez, foi bem além dos retoques de estilo. O compacto fabricado em Betim (MG) ganhou novos motores Firefly 1.0 6V, o primeiro três cilindros da Fiat, e 1.3 8V, que substituem os antigos Fire 1.0 e 1.4.
Firefly (vaga-lume) foi o nome comercial escolhido para a linha GSE, sigla de motor pequeno global (global small engine), feito na nova fábrica de motores em Betim (MG). É uma maneira de manter a ligação nominal com a antiga linha Fire. Há partida a frio sem tanquinho, além da exigência de se pisar no pedal de embreagem para se dar a partida. Foram mantidos com pequenas mudanças os câmbios manual e Dualogic Plus, ambos de cinco marchas.
O 1.0 rende 72/77 cv de potência, longe de ser líder da classe em cavalaria, contudo, o torque de 10,4/10,9 kgfm a 3.250 rpm é referência. Só para você ter uma ideia, o antigo Fire 1.0 gerava 73/75 cv e 9,5/9,9 kgfm a 3.850 rpm. Apenas o diferencial foi um pouco alongado, o objetivo foi equilibrar bem consumo e performance.
Em relação ao desempenho, o tempo declarado de zero a 100 km/h é de 12,5 segundos, face os 13,8 s exigidos pelo antigo Uno.
Segundo a Fiat, o consumo melhorou um bocado. São 9,2 km/l de etanol na cidade e 10,4 km/l na estrada, médias que sobem para 13,1 km/l e 15,1 km/l com gasolina, respectivamente.
Por sua vez, o 1.3 alcança bons 101/109 cv e 13,7/14,7 kgfm a 3.500 rpm. Era o conjunto que pedia o Uno Sporting, um belo incremento face os 85/88 cv e 12,4/12,5 kgfm a 3.500 rpm de antes.
A Fiat afirma que a arrancada de zero a 100 km/h é cumprida em 9,8 s com etanol a bordo do Sporting ou Way, seja ele manual ou Dualogic. O antecessor fazia o mesmo em 11,2 s (11,3 s no caso do automatizado). O consumo ficou em 9,1 km/l de álcool no circuito urbano e 10,1 km/l no rodoviário, enquanto as médias com gasolina sobem para 12,8 km/l e 14 km/l, respectivamente.
O QUE MUDOU NO ESTILO – É a segunda reforma pela qual passa o compacto, cuja segunda geração foi lançada em 2010. Nem faz muito tempo que o Uno passou pelo último tapa, apresentado em maio de 2014. A base da reforma anterior foi mantida. A maior parte das mudanças está concentrada na frente, onde a nova grade com dois filetes toma o lugar da antiga peça com quadradinhos arredondados. O novo parachoque com molduras chamativas dos faróis de neblina dá um toque mais agressivo.
Curiosamente, os parachoques das versões Sporting e Way se diferenciam do Attractive graças aos frisos e acabamentos. A exclusividade do esportivo fica mais pelo parachoque traseiro, que manteve as saídas de ar falsas e o escape central. O ar de novidade é completado pelas rodas novas, de liga-leve no Sporting e Way, calçadas com pneus verdes de menor resistência à rolagem.
UPGRADE ELETRÔNICO – Mais interessante que o botox foi a reforma eletrônica. Pela primeira vez, o Uno oferecerá controles eletrônicos de estabilidade e de tração. Era um recurso restrito aos Fiat mais caros, do 500 para cima, e está disponível como opcional também para os modelos 1.0.
De série em todas versões, a direção elétrica conta com o recurso City, também oferecido pelo Bravo.
Ainda há o hill-holder, sistema que segura os freios automaticamente em declives para permitir que você arranque sem fritar a embreagem, e o start-stop, antes oferecido apenas pela versão Evolution 1.4 e que vem de série em todos modelos 1.3, incluindo os Dualogic. O sistema agora tem alternador inteligente nas versões 1.3, com direito a recuperação de frenagem. Fecha o pacote o ASR, que evita que a roda patine em condições de baixa aderência.
A garantia foi estendida para três anos totais, com a possibilidade de expansão de outros dois anos, um total de cinco anos possíveis. (Com informações de Julio Cabral/AutoEsporte)