A greve dos técnicos da Secretaria Estadual da Fazenda,completou dois meses domingo, 11. Sem negociações até o momento, representantes da categoria participaram recentemente, na Assembleia Legislativa, em São Paulo, de audiência pública, coordenada pelo deputado Carlos Gianazzi (PSOL).
Os funcionários reivindicam o reajuste salarial, o que de acordo com o Sindicato dos Técnicos da Fazenda Estadual (Sitesp), há mais de dez anos não recebem nenhum reajuste ou repasse da inflação nas remunerações. Pedem também o restabelecimento do nível superior de escolaridade para a carreira.
A paralisação dos técnicos teve início em 11 de julho. Nas cidades onde todos os funcionários aderiram à greve eles se revezam para manter os 30% obrigatórios de servidores trabalhando para não o atendimento ao público não parar.
DRACENA – Em Dracena, o SPA possui sete técnicos que realizam atendimentos de Lucélia a Panorama. Segundo o Sitesp, mesmo que todos atendimentos sejam feitos, os serviços não têm continuidade nos setores internos.
São os casos de despachos, emissões de certidões e cadastros para empresas de pequeno porte, o que conforme o Sindicato reflete principalmente nas prestações de serviços dessas pequenas empresas e também para as pessoas físicas.
No SPA em Dracena, conforme o Sindicato, desde o começo da greve há aproximadamente 600 expedientes parados e destes, cerca de 40% destes procedimentos (aproximadamente 240) são atendimentos que necessitam do retorno ao contribuinte.
AUDIÊNCIA PÚBLICA – Na audiência na Alesp, realizada no último 8, o deputado Giannazi destacou a importância de uma “pauta justa e democrática que atenda os técnicos e obedeça a legislação, o que não acontece nos dias de hoje”.
Participou na audiência o presidente do Sindicato dos Técnicos da Fazenda Estadual de São Paulo (Sitesp), Joaquim Goma que destacou os aspectos positivos do movimento. “O objetivo é sensibilizar os parlamentares e avançar na negociação”, declarou.
Outro ponto destacado por ele foi que, com a saída do secretário da Fazenda, Renato Vilela, será possível a retomada das negociações, já que a posição de Vilela era contrária a reivindicações dos servidores.
Porém o novo secretário também não recebeu a categoria para negociações e nos eventos onde o governador Geraldo Alckmin, participa representantes do Sitesp o acompanham e apesar de atendê-los, o Sindicato informa que o governador também não abre negociações
Com o impasse, o Sindicato acrescenta que após a audiência pública na Alesp, foi feita uma assembleia e os técnicos decidiram manter a greve por tempo indeterminado.