No primeiro semestre deste ano, a expectativa é o número de desempregados no Brasil batesse nos 12 milhões, de acordo com dados divulgados pelo jornal O Estado de S. Paulo. Infelizmente, isso se cumpriu, chegando a 11,8%, segundo o IBGE. Além disso, a previsão de desemprego do FMI piorou ainda mais, tanto para este ano quanto para o próximo. Frente a essa situação, é imprescindível falar sobre como o brasileiro deve agir, caso esse problema o atinja.
Mas, se para quem está empregado existe o medo, para quem perde o emprego a situação é praticamente de desespero. Veja algumas orientações:
PAGAR DÍVIDAS IMEDIATAMENTE? – caso perca o emprego, qual deve ser a primeira ação? Se estiver endividado, por mais que pareça correto querer quitá-las com o dinheiro do fundo de garantia, isso pode ser um erro, pois, se usar muito deste dinheiro, estará sob o risco de ficar sem receitas para cobrir gastos à frente. Então, planeje-se melhor em relação a esses valores antes de qualquer medida.
CRIE UMA RESERVA EMERGENCIAL – o desempregado tem de ter dinheiro guardado, para as despesas, mas, eventualmente, para investir também num curso e retomar a carreira. A primeira medida a ser tomada é reter os valores ganhos de fundo de garantia, seguro desemprego e férias vencidas. Esse dinheiro só deverá ser mexido após ser estabelecida uma estratégia.
ANALISE SUA REALIDADE – é fundamental que tenha total domínio de seus números nesse momento, portanto, se deve saber o valor que possui guardado e somar com o que será ganho. Também deverá fazer um levantamento de todos os gastos mensais, minuciosamente, desde cafezinho até parcela da casa própria, nada deve passar despercebido. Em caso de dívidas e parcelamentos, esses devem ser também somados.
MUDE SEU PADRÃO DE VIDA – sei que pode parecer difícil, pois já se acostumou com um monte de regalias, mas é hora de reestruturação, e não de manter a pose. Nos momentos de dificuldade, a humildade é um diferencial. Então, o primeiro passo para mudar sua realidade é aceitar que seu padrão de vida mudou, e não viver de aparências.
NEGOCIE AS DÍVIDAS – ainda falando de humildade, chegou a hora de buscar os credores e ser o mais franco possível, mostrar que não quer se tornar inadimplente, mas que também não possui condições de pagamento, buscando assim diminuir os juros e esticar os débitos. Lembrando sempre de priorizar dívidas com juros mais altos e com bens de valor como garantia. (Com informações Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira)