O Palmeiras chegou a quatro de cinco semifinais possíveis das categorias de base do Campeonato Paulista. O time de Palestra Itália está na final do Sub-11, Sub-13, Sub-15 e está na semifinal do Sub-20. O sucesso dentro de campo pode ser explicado fora das quatro linhas. Implementado em 2014, o departamento de análise de desempenho serve de auxílio nos bastidores para o desenvolvimento das futuras promessas palmeirenses.
A análise de desempenho de modo geral do Palmeiras teve início em 2014 com a chegada do Cícero Souza (gerente de futebol). O dirigente fomentou o departamento e trouxe dois profissionais Gabriel de Oliveira e Gustavo Nicoline para se juntar com Rafael Costa, que já era do clube.
O analista de desempenho das categorias de base é Guilherme Dias, que iniciou o trabalho como estagiário do clube em 2014 e recebeu o convite do coordenador da base João Paulo Sampaio para iniciar neste ano o projeto de análise de desempenho nas categorias de formação. Todo o trabalho realizado é integrado ao CIP (Centro de Inteligência do Palmeiras), local que comanda as análises do futebol profissional e amador alviverde, localizado na Academia de Futebol da Barra Funda.
Sucesso da base
Em três finais garantidas (Sub-11, 13 e 15), além da semifinal do Sub-20, Dias destacou o trabalho integrado com as comissões da categoria de base. “As comissões técnicas do Palmeiras são muito abertas e se mostram interessadas. Elas permitem uma proximidade grande, então dentro do possível, acompanho o maior número de treinos. Utilizo drone para filmagem e coleta de dados e a partir daí passo a informação através de um relatório de pontos fortes e fracos, tanto nosso como do adversário”, explicou.
Ele prosseguiu a explicação sobre a funcionalidade da análise de desempenho no cotidiano alviverde. “Conseguimos ter um material melhor em questão de análise de adversário. Todos os nossos jogadores são mapeados e temos um controle maior para que possamos acompanhar o processo de evolução ao longo do ano. Passo as informações, as comissões analisam e tentam intervir para potencializar o trabalho desenvolvido”, sintetizou.
“Tentamos ter a mesma linguagem e análise na base e no profissional, então é algo muito bem estabelecido. Claro que cada categoria tem suas peculiaridades, mas no geral é bem próximo”, disse.
A evolução da base tem reflexo nas convocações da Seleção Brasileira. Até o momento, 24 atletas diferentes foram chamados neste ano para os times Sub-15, Sub-17, Sub-20 e Sub-23.