O Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Dracena vem registrando aumento de mais de 300 atendimentos mensais na unidade, conforme informações da assessoria de imprensa da Secretaria Estadual da Saúde.
Em 2015, segundo a Secretaria, foram realizados 168.161 atendimentos, incluindo consultas, procedimentos terapêuticos, cirurgias e exames de apoio diagnóstico. Ou seja, em média, 14 mil atendimentos mensais.
Já neste ano, de janeiro a setembro, foram realizados 128.742 mil atendimentos, resultando na média de 14,3 mil atendimentos mensais. “Portanto, o que pode justificar tal situação é que crise econômica está levando mais gente para a rede pública de saúde em São Paulo, provocando o aumento da produção SUS no Estado”, informa a assessoria de imprensa, em resposta à reportagem do Jornal Regional de eventual redução nos serviços do AME em Dracena.
Na avaliação da Secretaria da Saúde, com o aumento do desemprego, muitas famílias estão perdendo seus planos privados de saúde e recorrendo a hospitais e ambulatórios do SUS (Sistema Único de Saúde).
“Nos últimos três anos, mais de 540 mil paulistas deixaram seus planos de saúde, conforme dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)”.
A migração, de acordo com a assessoria, tem resultado no crescimento da demanda e do atendimento na rede estadual de Saúde, segundo levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
Segundo o levantamento, a média anual de internações em hospitais estaduais passou de 806,6 mil em 2013 para 838,9 mil em 2014 e 854,4 mil no ano passado.
A média de atendimentos e procedimentos ambulatoriais nos hospitais da rede pública estadual e nos AMEs passou de 412,9 milhões em 2013 para 448,7 milhões no ano seguinte e 449,7 milhões no ano passado.
O número de cirurgias na rede da Secretaria também cresceu. Em 2013, foram 351,5 mil. No ano seguinte, 370,8 mil. Em 2015, 376,1 mil.
A quantidade de exames e procedimentos com finalidade diagnóstica também apresentou alta. Em 2013, foram 48,9 milhões. No ano seguinte passou para 52,9 milhões e, no ano passado, para 56,4 milhões.
Na semana passada, o secretário municipal de Saúde de Dracena, Nelson Bortolatto, havia confirmado à reportagem do JR, o aumento na procura pelos atendimentos do SUS e na farmácia do Centro de Saúde e o principal motivo apontado é a migração para o atendimento gratuito pelo SUS, de quem tinha plano de saúde particular.
Os serviços na rede pública municipal aumentaram conforme o secretário, tanto nos atendimentos, exames e farmácia.