América Latina e o Brasil, em particular, não são prioridades nas medidas de relações internacionais dos dois principais candidatos à presidência dos EUA.
Os Democratas que fazem parte da equipe de Hillary (como Frank Mora, professor de Relações Internacionais da Universidade da Flórida) possuem um discurso genérico para a região, como “continuar a estreitar os laços e as parcerias” o que na prática não implica coisa alguma diferente da atual política (que praticamente ignora a América Latina, para o bem e para o mal).
Já os Republicanos que estão na equipe de campanha de Trump, como J. D. Gordon (ex-porta voz do Pentágono), ou simplesmente ignoram a América Latina ou a usam como “bode expiatório” nas questões da imigração e no desemprego elevado na categoria demográfica de homens, brancos e com baixa qualificação (que simbolizavam décadas atrás a “classe média” e que atualmente possuem especialização insuficiente ou inadequada ao novo contexto da “tecnologia da informação”).
Não é simples dizer o que seria pior, ou melhor, para o Brasil, mas o mercado financeiro nacional aposta que uma vitória de Trump teria impactos negativos maiores (haja vista o comportamento das cotações dos papéis nacionais e da taxa de câmbio nos últimos dias). Vamos esperar para ver e torcer que nossa combalida economia não seja ainda mais afetada.
*Coordenador do Mestrado Profissional em Economia e Mercados e pesquisador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica.